A Itália anunciou, na quarta-feira (26), medidas para ajudar famílias e empresas atingidas por eventos climáticos extremos, enquanto o país se recupera de uma onda de calor no sul e fortes tempestades no norte.
A administração de Giorgia Meloni aprovou um decreto para ajudar as empresas de construção e agrícolas a manter os funcionários em casa em áreas com temperaturas muito altas.
De acordo com os regulamentos italianos existentes, as empresas podem solicitar demissões temporárias – geralmente para lidar com uma queda nos negócios – por não mais de 52 semanas em dois anos, ou 90 dias por ano no setor agrícola.
O decreto permite que construtoras e agropecuárias, ambas severamente atingidas pela onda de calor porque seus trabalhadores não podem trabalhar em casa, usem o instrumento sem que as horas sejam contabilizadas nos limites gerais.
“A medida será válida para este ano”, disse a ministra do Trabalho, Marina Calderone, após uma reunião ministerial à noite.
Um rascunho mostrou que o decreto teve um custo de 10 milhões de euros (US$ 11,09 milhões) para os cofres do Estado.
Clima extremo
A onda de calor na maior parte do sul afetou particularmente a ilha da Sicília, devastada por incêndios florestais que mataram três pessoas.
Catania, abaixo do Monte Etna, no leste da Sicília, foi atingida por cortes de energia e abastecimento de água que as autoridades locais atribuíram em parte ao calor.
A cidade também está lutando para deixar seu aeroporto totalmente operacional novamente, depois que um incêndio no início da semana passada causou transtornos maciços e contínuos.
Medidas governamentais
O governo está disposto a destinar cerca de 10 milhões de euros para reembolsar passagens aéreas e reservas de hotéis a turistas sem cobertura de seguro, disse o ministro da Proteção Civil, Nello Musumeci.
Enquanto a onda de calor se manteve no sul, fortes tempestades em Milão e outras cidades do norte arrancaram telhados e arrancaram centenas de árvores, bloqueando estradas, destruindo carros estacionados e interrompendo o transporte.
A região da Lombardia ao redor de Milão já pediu ao governo para declarar estado de emergência e estima prejuízos de mais de 40 milhões de euros, disse Musumeci.
“Outras regiões se juntarão com pedidos semelhantes”, acrescentou.
O estado de emergência, aprovado pelo governo, desfaz entraves burocráticos e agiliza os procedimentos de ajuda financeira.
Fonte: Reuters
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