O ex-diretor da Odebrecht Jorge Barata confirmou, em depoimento prestado, na quinta-feira (9), a um tribunal peruano, que a empresa pagou subornos a ex-presidentes do Peru nas últimas duas décadas.
Barata, que é brasileiro, prestou depoimento por videoconferência, diretamente do Brasil. Ele afirmou que a Odebrecht pagou propinas a vários políticos peruanos, incluindo Alan García, Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski.
A participação de Barata na audiência faz parte de um acordo de colaboração com a Justiça peruana assinado em 2018.
Barata disse que os pagamentos foram feitos para garantir a aprovação de contratos de obras públicas no Peru. Ele também afirmou que os pagamentos foram feitos em dinheiro vivo, transferências bancárias e aquisições de bens.
O ex-diretor da construtora brasileira relatou subornos pagos para a construção do metrô de Lima. A obra foi realizada pela Odebrecht durante o segundo governo de Alan García, ex-presidente que cometeu suicídio em 2019 quando a polícia esta prestes a prendê-lo.
O ex-presidente Alejandro Toledo também faz parte da lista de políticos envolvidos no caso e está em prisão preventiva desde abril, cumprindo pena de 18 meses. Toledo ainda é investigado por ter recebido US$ 35 milhões da Odebrecht em troca de apontar a empresa brasileira como vencedora de licitação para a construção de uma importante rodovia.
Os depoimentos de Barata são um importante passo para a investigação de corrupção no Peru. Eles confirmam as acusações que já haviam sido feitas contra alguns dos ex-presidentes do país.
Fonte: Jovem Pan News
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