Autoridades do Marrocos devem aguardar por até 20 dias para ver se o terremoto, que atingiu o país, na sexta-feira (8), terá mais réplicas. Afirmou o professor do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo George Sand.
Segundo o especialista, o país norte africano deve disponibilizar barracas para que a população posso esperar em um lugar seguro durante esse período. “A Defesa Civil tem que construir algumas barracas para que as pessoas ficam por um período de 15 a 20 dias até ver se essa atividade vai cessar. Toda atividade sísmica tem as suas réplicas e a gente não tem condições de prever em quanto tempo isso vai cessar”, defendeu.
Sand explicou que, como a região está instável, não é seguro que as pessoas voltem para dentro das residências por enquanto. Os tremores secundários, ainda que sejam mais fracos que o primeiro, podem causar danos maiores porque que as estruturas já estão comprometidas pelo terremoto.
“É importante, nesse primeiro momento, você não ir para a sua residência, principalmente em regiões estáveis como essa em que não acontece normalmente. Tem as réplicas, que voltam a tremer com magnitude menores, mas a estrutura já está afetada pelo primeiro evento e o dano pode ser maior ainda”, afirmou.
Ministro da Saúde diz que há 75 pacientes em estado crítico em hospitais
O ministro da Saúde do Marrocos, Khaled Ait Taleb, afirmou, na terça-feira (12), que existem 75 pacientes em estado crítico nos diferentes hospitais do país por causa do terremoto que atingiu a região na sexta-feira (8).
O ministro marroquino lembrou que os hospitais atenderam mais de 4,8 mil feridos, e acrescentou que não tem faltado recursos para tratar das vítimas do sismo. Ele afirmou que no momento os esforços se concentram em cuidar das pessoas “a curto, médio e longo prazo”.
O pior terremoto em um século
O terremoto já é considerado o pior em um século a atingir o Marrocos, e alcançou de maneira severa três regiões do sul do país: Marrakech-Safi, Souss-Massa e Draa-Tafilalet, onde houve o maior número de mortos e feridos. Até o momento, o abalo sísmico causou 2.901 mortes e 5.530 feridos, segundo último boletim oficial do Ministério do Interior marroquino.
Fontes: Agências internacionais
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