Autoridades argentinas fecharam uma livraria que vendia publicações com conteúdo nazista e antissemita online, disse a polícia da capital Buenos Aires, na quarta-feira (13), após uma investigação de dois anos promovida por um grupo judeu.
O estabelecimento Libreria Argentina vendia livros com imagens de suásticas, cruzes de ferro e a águia imperial do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, comumente conhecido como partido nazista, bem como textos de propaganda nazista.
“Estamos chocados com a profusão do material”, disse Marcos Cohen, da Delegação das Associações Israelitas Argentinas, o grupo judeu que atua como demandante no processo. “Não me lembro de nada parecido ter sido encontrado antes.”
Exibir símbolos nazistas é crime segundo a lei argentina. A polícia prendeu uma pessoa durante as operações no bairro de San Isidro, localizado nos arredores de Buenos Aires.
A Argentina tem a maior população judaica da América Latina, com muitos imigrando após a expulsão de Espanha e os pogroms na Europa Oriental e antes da Segunda Guerra Mundial, durante a qual os nazis mataram seis milhões de judeus europeus.
Após a guerra, muitos oficiais nazistas, incluindo o supervisor do campo de extermínio Adolf Eichmann, também emigraram para a Argentina para evitar julgamentos por crimes de guerra.
Vários grupos antissemitas surgiram nas décadas seguintes e em 1994 o centro comunitário judaico AMIA em Buenos Aires foi bombardeado, matando 85 pessoas e ferindo centenas.
Fonte: Reuters
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