O Ministério de Minas e Energia (MME) informou, na sexta-feira (29), que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu licença ambiental para a Petrobras perfurar poços no segmento da Bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande Norte, na Margem Equatorial.
A licença A licença é para os blocos BM-POT-17 e POT-M-762, na Bacia Potiguar, uma das cinco que compõem a Margem Equatorial — que se estende do litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte. O trecho em questão fica em alto mar. As reservas estimadas dessa bacia são de 2 bilhões de barris de óleo.
As informações foram antecipadas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “A partir deste momento, temos a certeza de que os técnicos do Ibama poderão se dedicar, com ainda mais afinco, e avançar nos estudos das condicionantes necessárias para as pesquisas da Margem Equatorial também no litoral do Amapá”, afirmou.
Bloco pode conter 5,6 bilhões barris de petróleo
Estudos internos da Petrobras mostram que um único bloco na Margem Equatorial, na região amazônica do Amapá, pode conter reservas de mais de 5,6 bilhões de barris de petróleo.
A informação foi trazida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também nesta sexta, ao defender a exploração da área ambientalmente sensível.
Os comentários de Silveira ocorrem no momento em que a petroleira busca perfurar um poço na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá, um tema controverso que divide ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bacia Potiguar
A perfuração na Bacia Potiguar deve ser iniciada em outubro, após a chegada da sonda na localidade. Com a pesquisa exploratória, a Petrobras pretende obter mais informações geológicas da área para avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo realizada em 2013 no poço de Pitu. “Não há produção de petróleo nessa fase”, explicou.
A Petrobras informou ainda que atendeu a todos os requisitos e procedimentos solicitados pelo Ibama. “Como última etapa de avaliação, a companhia realizou, entre os dias 18 e 20/9, um simulado in loco, denominado Avaliação Pré-Operacional (APO), por meio do qual o Ibama comprovou a capacidade da Petrobras de dar resposta imediata e robusta a um evento acidental envolvendo vazamento de petróleo”, diz a nota.
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