O vice-chefe do Hezbollah, Naim Qassem, disse, nesta sexta-feira (13), que o grupo não se deixará influenciar por apelos para que fique à margem do conflito em curso entre Israel e o Hamas, dizendo que o partido está “totalmente pronto” para contribuir para a luta.
“Os apelos nos bastidores feitos por grandes potências, países árabes, enviados das Nações Unidas, direta e indiretamente dizendo-nos para não interferirmos, não terão qualquer efeito”, disse ele aos apoiantes reunidos para um comício.
“O Hezbollah conhece perfeitamente os seus deveres. Estamos preparados e prontos, totalmente prontos”, disse Qassem.
O grupo já entrou em confronto com Israel através da fronteira libanesa várias vezes na semana passada, nos confrontos mais mortíferos desde que travaram uma guerra de um mês em 2006.
O lançamento de foguetes e bombardeios transfronteiriços seguiu-se ao ataque da facção palestina Hamas contra cidades israelenses e ao bombardeio retaliatório de Israel na Faixa de Gaza.
Âmbito limitado
Mas fontes dizem que o Hezbollah concebeu as suas ações até agora para serem de âmbito limitado, evitando uma grande repercussão no Líbano e mantendo as forças israelitas ocupadas.
“A pergunta que todos esperam é: o que o Hezbollah fará e qual será a sua contribuição?” disse Qassem. “Contribuiremos para o confronto dentro do nosso plano… quando chegar a hora de qualquer ação, nós a executaremos.”
Qassem falou num comício onde centenas de pessoas se reuniram em solidariedade com os palestinos, agitando bandeiras da Palestina e do Hezbollah.
Manifestações
Outras manifestações foram organizadas em campos palestinos, bem como em cidades do sul e leste do Líbano, onde o Hezbollah tem uma forte presença. Temendo que um grupo dissidente tentasse atravessar a fronteira, o exército libanês enviou unidades para o sul.
Hezbollah
O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, ainda não comentou os acontecimentos. Ele se encontrou, na manhã de sexta-feira (13), com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, para discutir o conflito entre Israel e o Hamas.
Amirabdollahian disse, na quinta-feira (12), que os aliados do Irã na região responderiam aos “crimes” israelitas contra os palestinianos e que Israel teria então de suportar as consequências.
Fonte: Reuters
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