Um grupo de 80 brasileiro foi transportado para a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito e aguarda para deixar o enclave palestino, confirmou o Itamaraty. Em nota, o ministério das Relações Exteriores disse que “o Escritório em Ramalá transportou vários integrantes do grupo até Rafah, onde se encontram, no momento, mais de 80 brasileiros e familiares próximos, a maior parte deles em casas alugadas pelo Itamaraty para abrigá-los”.
Segundo o Itamaraty, a solicitação de saída deste novo grupo foi apresentada em novembro. “O governo brasileiro aguarda autorização dos países responsáveis pela organização da saída de estrangeiros de Gaza para dar início ao processo de repatriação”, informaram.
Desde o começo da guerra entre Israel e Hamas, que completa dois meses, na quinta-feira (7), o governo do Brasil lançou a operação Voltando em Paz, que retirou brasileiros que estavam na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Israel.
Ao todo, foram 1.477 repatriados pela Força Aérea Brasileira. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, atualmente 102 brasileiros e familiares próximo demonstraram interesse em repatriação a partir de Faixa de Gaza. “O Itamaraty permanece em contato constante com o grupo e oferece gêneros de primeira necessidade, abrigo, transporte e atendimento psicológico remoto”, informaram.
Depois de entrarem no norte da Faixa de Gaza, em 27 de outubro, as tropas israelenses expandiram as suas operações para todo o território governado, desde 2007, pelo movimento islamista Hamas.
Israel prometeu eliminar o grupo após o ataque de 7 de outubro, no qual milicianos islamistas mataram 1.2 mil pessoas, a maioria civis, e fizeram cerca de 240 reféns, segundo as autoridades israelenses. A ofensiva contra Gaza deixou até o momento 16.248 mortos, a maioria mulheres e crianças, segundo o governo do Hamas. O número de mortos em Israel é de 1.2 mil.
A ONU calcula que 1,9 milhão de pessoas (cerca de 75% da população) foram deslocadas pela guerra em Gaza.
Os combates foram retomados após o fim da trégua negociada, com a mediação do Catar, que permitiu a troca de dezenas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. O governo de Israel afirma que 138 reféns ainda estão detidos em Gaza, cujo resgate é uma “missão crítica”, nas palavras do porta-voz do Exército, Daniel Hagari.
O Exército reivindicou que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) possa ter acesso aos reféns.
Na Cisjordânia ocupada, onde a violência vem crescendo desde que começou a guerra entre Israel e Hamas, três palestinos morreram, na quarta (6), em operações do Exército israelense, informou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.
Desde 7 de outubro, pelo menos 258 palestinos foram mortos pelo Exército ou por colonos israelenses, segundo a Autoridade Palestina, que administra a Cisjordânia.
Fonte: Jovem Pan News
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