A capital do Haiti, Porto Príncipe, foi bloqueada, nesta quinta-feira (18), enquanto barricadas em chamas em vários bairros forçavam os moradores a se abrigarem no local ou a voltarem para casa nos últimos surtos de violência crônica de gangues. assolando o país caribenho.
As ruas foram bloqueadas por pneus e pedras em chamas, lançando enormes nuvens de fumaça preta no céu em várias partes da cidade, segundo testemunhas oculares.
Não ficou imediatamente claro quem estava por trás do cerco à área de Solino, na cidade, que começou há vários dias.
Analistas dizem que a violência vem aumentando há meses, à medida que gangues disputam o poder e tentam pressionar o primeiro-ministro interino, Ariel Henry, antes do término, em 7 de fevereiro, de um acordo político que consolidou seu poder.
Pierre Esperance, da Rede de Direitos Humanos RNDDH, disse que duas dezenas de mortes foram relatadas em Solino, um bairro empobrecido, desde o fim de semana.
“A polícia está ausente. A força física pública não está presente”, afirmou. “E a população de outras áreas bloqueou as ruas em solidariedade a Solino”.
A violência surge antes de uma decisão judicial, prevista para 26 de Janeiro, sobre uma força multinacional liderada pelo Quênia para abordar a violência dos gangues no país, um dos mais pobres do Hemisfério Ocidental.
Um porta-voz da polícia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Henry enfrenta vários grupos que tentam removê-lo do poder, incluindo Guy Philippe, um ex-rebelde e criminoso condenado nos EUA.
Moïse Jean-Charles, líder do partido Pitit Dessalines, também convocou protestos nos próximos dias e semanas.
Atualmente não há data definida para uma nova eleição presidencial.
Fonte: Agência Reuters
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