A liberação de tão grandes quantidades de fertilizantes no Mar Vermelho representa uma séria ameaça à vida marinha, disse Ali Al-Sawalmih, diretor da Estação de Ciências Marinhas da Universidade da Jordânia.
A sobrecarga de nutrientes pode estimular o crescimento excessivo de algas, consumindo tanto oxigénio que a vida marinha normal não consegue sobreviver, disse Al-Sawalmih, descrevendo um processo chamado eutrofização.
“Um plano urgente deve ser adoptado pelos países do Mar Vermelho para estabelecer uma agenda de monitorização das áreas poluídas no Mar Vermelho, bem como adoptar uma estratégia de limpeza”, disse ele.
O impacto geral depende de como as correntes oceânicas esgotam o fertilizante e como ele é liberado do navio atingido, disse Xingchen Tony Wang, professor assistente do Departamento de Ciências da Terra e Ambientais do Boston College.
O ecossistema do sul do Mar Vermelho apresenta recifes de coral imaculados, manguezais costeiros e vida marinha diversificada.
No ano passado, a área evitou um potencial desastre ambiental quando as Nações Unidas removeram mais de 1 milhão de barris de petróleo de um superpetroleiro em decomposição atracado ao largo da costa do Iémen. Esse tipo de operação pode ser mais difícil nas atuais circunstâncias.
Os ataques Houthi alimentaram receios de que a guerra entre Israel e o Hamas se possa alastrar, desestabilizando todo o Médio Oriente.
Num relatório separado, a agência UKMTO disse ter recebido um relatório de um navio sendo atacado 15 milhas náuticas a oeste do porto de Mokha, no Iémen.
“A tripulação ancorou o navio e foi evacuada pelas autoridades militares”, disse o UKMTO numa nota consultiva.
O Ministério da Defesa da Itália também disse que um de seus navios de guerra abateu um drone que voava em sua direção no Mar Vermelho.
O Ministério dos Transportes Houthi, por sua vez, falou que houve uma “falha” nos cabos de comunicação submarinos no Mar Vermelho, como resultado de ações de embarcações navais dos EUA e da Grã-Bretanha. Não deu mais detalhes.
Fonte: Agência Reuters
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