Autoridades de saúde congolesas lançaram sua primeira campanha de vacinação contra a mpox, neste sábado (5), um passo fundamental nos esforços para conter um surto que se espalhou de seu epicentro na República Democrática do Congo para vários outros países africanos neste ano.
Autoridades realizaram uma cerimônia para marcar o início da vacinação em um hospital na cidade oriental de Goma, onde os profissionais de saúde foram os primeiros na fila para receber as doses da vacina.
O Ministério da Saúde alertou na sexta-feira que o escopo da campanha seria pequeno devido aos recursos limitados. No momento, 265.000 doses de vacina estão disponíveis, embora mais estejam em andamento.
O início das vacinações começa a abordar uma enorme desigualdade que deixou os países africanos sem acesso às duas vacinas usadas para combater um surto global de sarampo em 2022, enquanto elas estavam amplamente disponíveis na Europa e nos Estados Unidos.
“A distribuição da vacina marca um passo importante para limitar a propagação do vírus e garantir a segurança de famílias e comunidades”, disse a diretora da Organização Mundial da Saúde para a África, Matshidiso Moeti, em um comunicado.
A Mpox pode se espalhar por contato próximo. Geralmente leve, é fatal em casos raros. Ela normalmente causa sintomas semelhantes aos da gripe e lesões cheias de pus no corpo.
Em agosto, a OMS declarou o surto uma emergência de saúde pública de interesse internacional depois que uma nova variante foi identificada.
O Congo relatou mais de 30 mil casos suspeitos e confirmados, e 990 mortes desde o início de 2024 – representando 90% dos casos relatados na África até agora neste ano, de acordo com a OMS.
Fonte: Agência Reuters/Djaffar Al Katanty
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