A empresa controladora do Facebook, Meta Platforms Inc., começará a usar tecnologia de reconhecimento facial para reprimir golpes que usam fotos de celebridades para parecerem mais legítimos, uma estratégia conhecida como “anúncios isca de celebridades”.
Golpistas usam imagens de pessoas famosas para induzir usuários a clicar em anúncios que os levam a sites obscuros, que são projetados para roubar suas informações pessoais ou solicitar dinheiro. A Meta começará a usar tecnologia de reconhecimento facial para eliminar esses anúncios comparando as imagens na postagem com as imagens da conta do Facebook ou Instagram de uma celebridade.
“Se confirmarmos uma correspondência e que o anúncio é um golpe, nós o bloquearemos”, escreveu a Meta em uma postagem de blog. A Meta não revelou o quão comum esse tipo de golpe é em seus serviços.
Com quase 3,3 bilhões de usuários ativos diários em todos os seus aplicativos, a Meta depende de inteligência artificial para impor muitas de suas regras e diretrizes de conteúdo. Isso permitiu que a Meta lidasse melhor com o dilúvio de relatórios diários sobre spam e outros conteúdos que violam as regras. Isso também levou a problemas no passado, quando contas legítimas foram suspensas ou bloqueadas involuntariamente devido a erros automatizados.
A Meta diz que também começará a usar a tecnologia de reconhecimento facial para auxiliar melhor os usuários que forem bloqueados de suas contas. Como parte de um novo teste, alguns usuários podem enviar uma selfie em vídeo quando forem bloqueados de suas contas. A Meta então comparará o vídeo com as fotos na conta para ver se há uma correspondência.
A Meta já havia pedido anteriormente que usuários bloqueados enviassem outras formas de verificação de identidade, como um documento de identidade ou certificado oficial, mas diz que a opção de selfie em vídeo levaria apenas um minuto para ser concluída. A Meta “imediatamente excluirá quaisquer dados faciais gerados após essa comparação, independentemente de haver uma correspondência ou não”, escreveu a empresa em um blog.
Histórico judicial
A gigante das redes sociais tem uma história complicada com a tecnologia de reconhecimento facial. Anteriormente, ela usava o reconhecimento facial para identificar usuários em fotos enviadas como uma forma de encorajar as pessoas a marcar seus amigos e aumentar as conexões. A Meta foi posteriormente processada por vários estados dos EUA por lucrar com essa tecnologia sem o consentimento do usuário e, em 2024, foi condenada a pagar ao estado do Texas US$ 1,4 bilhão como parte da reivindicação. Vários anos antes, ela concordou em pagar US$ 650 milhões em um processo judicial separado aberto em Illinois.
A empresa não executará esse teste de selfie em vídeo em Illinois ou Texas, de acordo com Monika Bickert, vice-presidente de política de conteúdo da Meta.
Fonte: Bloomberg/Kurt Wagner
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