Pesquisadores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) do Campus Piúma estão inovando ao transformar algas marinhas em um líquido sustentável para o cultivo de plantas e hortaliças no litoral sul capixaba. A ideia ganhou força em 2021, quando Igor Fontes , engenheiro de pesca, iniciou sua graduação no campus de Alegre da instituição. Essa solução sustentável promove práticas revolucionárias agrícolas locais, unindo tecnologia e preservação ambiental.
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Durante sua participação em um projeto de iniciação científica focado no reconhecimento das ilhas costeiras , o pesquisador Igor Fontes catalogou 64 espécies de algas marinhas e aprofundou seus estudos sobre o tema. No Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) , Igor e outros estudantes desenvolvem uma base pioneira de processamento de algas na Região Sudeste , onde essas espécies são transformadas em um líquido sustentável . Esse projeto representa um avanço significativo para a agricultura sustentável e o aproveitamento de recursos naturais renováveis.
“Com a pesquisa, a gente entende que as algas são realmente importantes para o mar porque são alimentação primária para os peixes e fazem a fotossíntese, fazendo o sequestro de carbono na água e limpando os nutrientes, mas, além disso, elas são importantes para as plantas e outros setores industriais”, afirmou Igor.
Como funciona
Todo o processo é realizado de forma manual pelos pesquisadores. Após ser recolhida, a alga é levada para a base, onde são higienizadas e trituradas com água. Depois, o material é coado, é adicionado um conservante, e armazenado em garrafas para a adubação de hortaliças e plantas.
O produto final pode ser usado nas folhagens e também no solo para ajudar nas raízes das plantas.
Segundo os pesquisadores, as algas têm efeitos bioestimulantes e otimizam a capacidade fotossintética das plantas. Além disso, induz as plantas a uma maior tolerância aos efeitos dos estresses bióticos e abióticos.
Fonte: g1/ES
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