A oposição da Venezuela denunciou, nesta quinta-feira (9), que agentes do governo dispararam contra a líder María Corina Machado na saída de uma manifestação em Caracas. A equipe de Machado afirmou ainda que ela foi detida.
Cerca de uma hora e meia após a denúncia, os opositores afirmaram que ela foi libertada.
“Durante seu sequestro, ela foi forçada a gravar vários vídeos e depois foi liberada. Nas próximas horas, ela se dirigirá ao país para explicar os acontecimentos”, adicionaram.
A ex-deputada, que estava escondida há meses, saiu às ruas pela primeira vez nesta quinta. Consultada pela reportagem antes do protesto, sua equipe afirmou não haver informação sobre a existência de algum mandado de prisão contra ela.
A equipe da opositora disse que pelo menos oito agentes de segurança estavam envolvidos no caso.
Edmundo González exigiu libertação de Machado
Pelas redes sociais, Edmundo González, que disputou a Presidência com Nicolás Maduro e a oposição diz ser o verdadeiro eleito, exigiu a libertação imediata de María Corina Machado.
“Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo”, comentou.
Países e líderes internacionais pediram libertação de Machado
O Ministério das Relações Exteriores da Espanha publicou uma nota oficial, destacando: “A integridade física e a liberdade de expressão e manifestação de todos, especialmente dos líderes políticos da oposição, devem ser protegidas e salvaguardadas”.
A Argentina, por sua vez, expressou preocupação “pelo ataque criminoso do regime chavista” em uma “operação digna das piores ditaduras da história”.
Líderes internacionais também reagiram às notícias da prisão da opositora de Maduro.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, pediu a “plena liberdade” de Machado e sua integridade, chamando ainda o governo da Venezuela de “regime ditatorial”.
Maurício Macri, ex-presidente da Argentina, afirmou: “María Corina, não vamos abandonar você. A Venezuela será livre!”
Protestos em Caracas
Grupos de manifestantes se reuniram em Caracas, capital da Venezuela, nesta quinta-feira (9), véspera da posse de Nicolás Maduro.
Em várias partes da cidade multidões de apoiadores da oposição pediram “liberdade”. Os apoiadores também foram vistos segurando cartazes de “González Presidente” e usando vuvuzelas.
Enquanto isso, no maior bairro da Venezuela, Petare, os apoiadores de Maduro também se reuniram no que eles chamam de “marcha pela paz e alegria”.
Fonte: CNN News/Luciana Taddeo
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