Dois aviões da Força Aérea Colombiana transportando deportados dos Estados Unidos chegaram a Bogotá na terça-feira (28), informou o governo, abrindo caminho para que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, suspenda as restrições de visto e outras medidas para cidadãos colombianos.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, evitou um desastre econômico no fim de semana depois que diplomatas de seu governo e dos EUA chegaram a um acordo sobre voos de deportação em uma disputa que levou ambos os países a ameaçar tarifas e os EUA a impor medidas de visto.
Um avião, partindo de San Diego, Califórnia, trouxe para casa 110 colombianos e o outro, que partiu de El Paso, Texas, trouxe para casa 91, informou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia na X.
O deportado e engenheiro Andredy Alexander Barrientos, 26, disse a repórteres no aeroporto de Bogotá que ele estava nos EUA por apenas 12 dias. Ele foi para os Estados Unidos em busca de “mais estabilidade econômica”, ele disse.
Petro se opôs ao uso de aviões militares dos EUA para deportar colombianos, dizendo que os cidadãos de seu país estavam sendo tratados como criminosos, e se recusou a permitir que os aviões pousassem.
Trump respondeu com a promessa de impor uma tarifa de 25% sobre todos os produtos colombianos, que deverá aumentar para 50% em uma semana, bem como sanções emergenciais do Tesouro, bancárias e financeiras, além de restrições de visto para autoridades e cidadãos colombianos.
Petro ameaçou suas próprias tarifas, mas os dois lados chegaram a um acordo na noite de domingo. Autoridades de Trump comemoraram o acordo como uma vitória e disseram que Trump usou a Colômbia como um exemplo do poder dos EUA, enquanto autoridades colombianas disseram que o acordo é uma vitória para ambos os lados.
Dezenas de colombianos frustrados tiveram suas tão esperadas consultas de visto na Embaixada dos EUA em Bogotá canceladas na segunda-feira (27).
Fonte: Agência Reuters/Luisa Fernanda Gonzalez e Luis Jaime Acosta
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