Um terremoto de magnitude 4,4 foi registrado na cidade italiana de Nápoles e arredores na madrugada desta quinta-feira (13), abalou prédios, cortando a energia elétrica e levou centenas de pessoas a dormir nas ruas, com medo de desabamentos.
O terremoto ocorreu às 01h25, horário local, registrando uma magnitude de 4,4, conforme o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV).
O tremor ocorreu a uma profundidade rasa de três quilômetros. O US Geological Survey (USGS) registrou um pouco menor, com magnitude 4,2 e profundidade de 10 km.
O epicentro foi localizado perto da cidade costeira de Pozzuoli, a oeste de Nápoles. Equipes de emergência locais resgataram uma pessoa dos escombros de uma casa parcialmente desabada, confirmaram autoridades.
Vários tremores secundários menores foram sentidos na região, intensificando as preocupações entre os moradores.
Quedas de energia foram relatadas em partes de Nápoles, e muitas famílias escolheram permanecer ao ar livre ou dentro de veículos durante a noite, temendo mais abalos.
Imagens das áreas afetadas mostraram danos a prédios e carros, incluindo um veículo com para-brisa quebrado.
Embora nenhuma fatalidade tenha sido relatada, autoridades de proteção civil lançaram uma operação de avaliação de danos e estabeleceram um centro de coordenação na região.
Giovanni Macedonio, vulcanologista do INGV, explicou que essa sequência de tremores está ligada ao bradissismo, um fenômeno geológico que provoca lentos ciclos de elevação e rebaixamento do solo. Embora os Campos Flégreos estejam inativos há cerca de cinco séculos — a última erupção ocorreu em 1538 —, Macedonio alerta que a história oferece lições valiosas.
“A maioria dessas crises não resulta em erupções, mas, em ocasiões raras, como em 1538, a atividade sísmica pode anteceder um evento explosivo”.
Os Campos Flégreos, ou Campi Flegrei, são uma caldeira vulcânica gigantesca formada há cerca de dois milhões de anos, se estendem por 12 quilômetros a oeste de Nápoles, abrangendo desde áreas urbanas até ilhas como Capri e Ischia.
Hoje, abriga 800 mil pessoas, além de shoppings, escolas e até uma estação de metrô. No entanto, 500 mil delas vivem na chamada “zona vermelha”, área de maior risco em caso de erupção.
Nos últimos anos, a atividade sísmica na região tem se intensificado, o que mantém cientistas e autoridades em alerta.
Fonte: Reuters/Veja
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