O Banco Mundial anunciou nesta sexta-feira (11), um pacote de apoio de US$ 12 bilhões (R$ 70 bilhões) para a Argentina. O objetivo da verba é apoiar reformas econômicas e impulsionar medidas governamentais para promoção de empregos.
“O pacote foi desenhado para apoiar reformas que continuem a atrair investimentos privados e reforcem as medidas implementadas pelo governo nacional para promover a criação de empregos”, disse o banco em comunicado.
O documento afirma ainda que a medida é “um forte voto de confiança nos esforços do governo para estabilizar e modernizar a economia”.
Espera-se que o acordo ajude a Argentina a “catalisar apoio oficial multilateral e bilateral adicional e um acesso oportuno aos mercados internacionais de capital”, disse o FMI.
“Os principais pilares do programa incluem a manutenção de uma forte âncora fiscal, a transição para um regime monetário e cambial mais robusto, com maior flexibilidade cambial”, acrescentou em um comunicado.
Mais cedo, o banco central do país sul-americano anunciou que iria desfazer a paridade cambial fixa a partir de segunda-feira, deixando o peso flutuar livremente dentro de uma faixa móvel entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar, contra 1.074 no fechamento de sexta-feira.
A Argentina eliminará grande parte dos chamados controles de capital “cepo”, que restringiam o acesso à moeda estrangeira, disse o banco central em um comunicado.
A partir deste ano, as empresas também poderão repatriar lucros para fora do país, uma demanda importante das empresas que pode liberar mais investimentos.
“A partir de segunda-feira, poderemos pôr fim às restrições cambiais que foram impostas em 2019 e que limitam o funcionamento normal da economia”, disse o ministro da Economia, Luis Caputo, em entrevista coletiva.
O presidente libertário Javier Milei discursou à nação em um discurso televisionado na sexta-feira à noite e declarou que a Argentina estava “em uma posição melhor do que nunca para resistir a turbulências externas”.
No entanto, um relatório da equipe do FMI sobre o acordo de US$ 20 bilhões alertou que “os riscos negativos continuam elevados”, já que a implementação do programa pode ser desafiada pelas crescentes tensões comerciais globais e, internamente, pela volatilidade adicionada pelo próximo ciclo eleitoral e pelas frágeis condições sociais.
Fonte: Reuters
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