O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assinaram, nesta quarta-feira (8), um acordo de parceria estratégica em uma cerimônia exibida pela TV estatal.
Os dois líderes também discutiram energia e petróleo durante as conversas em Moscou, informou a agência de notícias russa Interfax.
No acordo, Rússia e Venezuela disseram que promoveriam iniciativas conjuntas dentro da OPEP+, do Fórum de Países Exportadores de Gás e outras organizações do setor energético.
“As partes promoverão o desenvolvimento equilibrado e estável de longo prazo dos mercados globais de energia sem o uso de instrumentos de concorrência desleal”, diz o acordo.
Eles concordaram em cooperar na exploração e desenvolvimento de novos campos de petróleo e gás em suas joint ventures, bem como em expandir as operações de comercialização de petróleo.
O documento também prevê uma cooperação mais estreita entre a Rússia e a Venezuela nas Nações Unidas e outras organizações e na área de controle de armas, juntamente com a oposição conjunta à imposição de sanções unilaterais.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu anteriormente o acordo estratégico como um “documento pesado, substancial e muito importante”.
A guerra de três anos da Rússia na Ucrânia levou ao colapso de suas relações com a maioria dos estados ocidentais e levou Moscou a fortalecer laços com outros países que compartilham seu desejo de combater a influência do que o Kremlin chama de “Ocidente coletivo”, incluindo os Estados Unidos.
Desde 2022, a Rússia já assinou pactos de parceria estratégica com a China, a Coreia do Norte e o Irã.
A Venezuela tem uma história recente difícil com os Estados Unidos, marcada por relações diplomáticas rompidas, sanções e acusações de atividades criminosas e planos de golpe.
Durante sua visita a Moscou, Maduro também deve comparecer a eventos comemorativos em torno do 80º aniversário da vitória da União Soviética e seus aliados sobre a Alemanha nazista, incluindo um desfile militar na sexta-feira (10).
Fonte: Agência Reuters/Vladimir Soldatkin
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