A Grande Barreira de Corais da Austrália sofreu o maior declínio na cobertura de corais em duas de suas três regiões no ano passado, mostrou uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6), após um branqueamento em massa de seus corais que está entre os piores já registrados.
O Instituto Australiano de Ciências Marinhas disse que o recife sofreu o maior declínio anual na cobertura de corais em suas regiões norte e sul desde que o monitoramento começou há 39 anos, com a cobertura de corais caindo entre um quarto e um terço após vários anos de crescimento sólido.
“Estamos vendo agora uma volatilidade crescente nos níveis de cobertura de corais duros”, disse Mike Emslie, chefe do programa de monitoramento de longo prazo do instituto.
“Esse é um fenômeno que surgiu nos últimos 15 anos e aponta para um ecossistema sob estresse.”
O recife, o maior ecossistema vivo do mundo, se estende por cerca de 2.400 km da costa do estado de Queensland, ao norte.
Desde 2016, o recife passou por cinco verões de branqueamento em massa de corais, quando grandes áreas do recife ficam brancas devido ao estresse térmico, colocando-as em maior risco de morte.
O evento de 2024 teve a maior pegada já registrada no recife, com branqueamento alto a extremo em todas as suas três regiões, disse o relatório.
A Grande Barreira de Corais não está atualmente na lista de patrimônios mundiais em perigo da UNESCO, embora a ONU recomende que ela seja adicionada.
A Austrália faz lobby há anos para manter o recife — que contribui com A$ 6,4 bilhões (US$ 4,2 bilhões) para a economia anualmente — fora da lista de espécies ameaçadas, pois pode prejudicar o turismo.
Fonte: Reuters/Alasdair Pal
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