Os Estados Unidos dobraram sua recompensa por informações que levem à prisão do presidente venezuelano Nicolás Maduro para US$ 50 milhões por alegações de tráfico de drogas e ligações com grupos criminosos, anunciou a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, nesta quinta-feira (7).
Em um vídeo postado no X, Bondi acusou Maduro de colaborar com importantes grupos criminosos, como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, disse no Telegram que o anúncio era “a cortina de fumaça mais ridícula já vista”.
“Enquanto desmascaramos os planos terroristas orquestrados por seu país, essa mulher está fazendo um circo midiático para agradar a extrema direita derrotada na Venezuela”, disse Gil.
“A dignidade da nossa pátria não está à venda. Repudiamos esta grosseira operação de propaganda política”, acrescentou.
O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A recompensa foi inicialmente fixada em US$ 15 milhões em 2020, quando promotores americanos acusaram Maduro de tráfico de drogas. Ela foi aumentada para US$ 25 milhões em janeiro de 2025, quando Maduro tomou posse para um terceiro mandato, juntamente com novas sanções a altos funcionários.
Em fevereiro, o Departamento de Estado dos EUA designou formalmente a gangue venezuelana Tren de Aragua como uma organização terrorista estrangeira, juntamente com a MS-13 e vários cartéis mexicanos. Em julho, também designou o Cartel de Los Soles como uma organização terrorista global.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse em um comunicado na noite de quinta-feira que Maduro é líder do Cartel de los Soles há mais de uma década, responsável pelo tráfico de drogas para os Estados Unidos.
Fonte: Reuters/Natalia Siniawski
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