Quatro reatores da usina nuclear de Gravelines, na França, foram desligados, na noite do domingo (10), devido a um enxame de águas-vivas nos sistemas de resfriamento, informou a operadora EDF na segunda-feira (11), provavelmente devido ao aumento da temperatura da água devido ao aquecimento global.
A usina no norte da França é uma das maiores do país e é resfriada por um canal conectado ao Mar do Norte. Suas seis unidades produzem 900 megawatts de energia cada, ou 5,4 gigawatts no total.
Dados da EDF mostraram que a produção de toda a planta foi temporariamente interrompida, já que as outras duas unidades estão fora do ar para manutenção planejada.
Não há danos nas bombas do filtro; elas só precisam ser limpas, disse uma fonte com conhecimento do assunto, sugerindo que os reatores poderão reiniciar rapidamente.
As praias ao redor de Gravelines, entre as principais cidades de Dunquerque e Calais, têm visto um aumento de águas-vivas nos últimos anos devido ao aquecimento das águas e à introdução de espécies invasoras.
“As medusas se reproduzem mais rápido quando a água está mais quente e, como áreas como o Mar do Norte estão se tornando mais quentes, a janela reprodutiva está ficando cada vez maior”, disse Derek Wright, consultor de biologia marinha da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA.
O evento não afetou a segurança das instalações, da equipe ou do meio ambiente, disse.
A usina nuclear também fica perto de praias que se tornaram pontos de encontro para migrantes que tentam entrar na Grã-Bretanha. As águas-vivas invasoras não são consideradas uma ameaça, pois não possuem ferrão venenoso.
Fonte: Reuters/Forrest Crellin
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