O presidente Nicolás Maduro prometeu defender a soberania da Venezuela em meio ao aumento das tensões devido ao envio de navios de guerra dos EUA para o Caribe. Ele instou o presidente Donald Trump a dialogar para evitar conflitos.
Os comentários, feitos na sexta-feira (5), foram feitos três dias após o governo Trump dizer que as forças dos EUA realizaram um ataque no Caribe, afundando um barco que alegavam ser da gangue venezuelana Tren de Aragua, que contrabandeava drogas para os EUA. O ataque matou 11 pessoas, e o relato americano foi questionado por Caracas.
“A Venezuela está sempre pronta para o diálogo, mas exigimos respeito”, disse Maduro em discurso em uma base militar em Caracas. “Nenhuma de nossas diferenças justifica um conflito militar de alto impacto na América do Sul”.
Vestido com camuflagem, Maduro supervisionou uma cerimônia na qual ordenou a mobilização de milícias civis e disse que haveria uma “luta armada” no caso de qualquer ataque.
Membros da Milícia Bolivariana ouvem um discurso gravado do presidente Nicolás Maduro em uma guarnição militar em Caracas, Venezuela. Foto: AP/Cristrian Hernandez
Washington enviou mais de 4.000 soldados e meios navais para a região, alegando que a medida tem como alvo cartéis de drogas latino-americanos. Autoridades americanas não sugeriram uma incursão terrestre na Venezuela, mas Maduro denunciou o aumento de tropas como uma ameaça de invasão.
Ele acusou os EUA de fabricar alegações de tráfico de drogas para justificar a mudança de regime, apontando a decisão de Washington no mês passado de dobrar sua recompensa pela prisão de Maduro para US$ 50 milhões.
A vaga ameaça de intervenção americana tem sido uma carta usada por Maduro para angariar apoio no país sul-americano em meio à queda do apoio político.
Fonte: Associated Press (AP)
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