O governo dos Estados Unidos vem contando com uma ajuda nada usual para atacar barcos com drogas da Venezuela. É um dos ex-chefes de cartéis mais famosos do México, Ismael “El Mayo” Zambada, de 77 anos.
A informação foi divulgada pelo jornal New York Post com fontes sobre o caso.
Zambada é ex-colíder do Cartel de Sinaloa do México. Em agosto ele fez um acordo com os Estados Unidos, se declarando culpado de tráfico de drogas, conspiração de assassinatos e tortura. Com isso, trocou a pena de morte pela prisão perpétua.
Pouco tempo após o acordo, o governo Trump enviou os navios de guerra para o Caribe, bem próximos da fronteira com a Venezuela.
“Está claro para mim que El Mayo Zambada fez alguns acordos com o governo dos EUA e os informou sobre como o Cartel de los Soles da Venezuela estava trabalhando com o Cartel de Sinaloa para vender drogas”, disse ao NY Post Robert Almonte, consultor de segurança do Texas e ex-chefe adjunto do Departamento de Polícia de El Paso, especializado em narcóticos.
Zambada, contam as fontes ao jornal, além de responsável por supervisionar a produção de cocaína e heroína, era responsável pela logística internacional do cartel de Sinaloa, incluindo o transporte de drogas para os EUA. Havia uma coordenação direta com outros grupos na Colômbia e Venezuela.
Novos ataques
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: SAUL LOEB / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nessa terça-feira (16), que as Forças Armadas do país atingiram mais um barco supostamente traficando drogas da costa da Venezuela. A informação foi revelada em fala com jornalistas no momento em que ele embarcava para o Reino Unido.
Segundo ele, foram divulgados apenas dois, mas ‘nós derrubamos três barcos’. Ele não revelou quantas pessoas teriam morrido nesse novo ataque.
Nessa segunda (15), Trump disse que três traficantes foram mortos em um ataque aéreo dos Estados Unidos, após a morte de 11 pessoas em um barco no dia 2 de setembro.
“E o problema é que há pouquíssimos barcos na água. Não há muitos barcos na água. Não consigo imaginar por quê”, acrescentou, de forma irônica.
As declarações ocorreram em meio a crescentes tensões entre os Estados Unidos e o governo venezuelano, especialmente após o envio de unidades militares dos EUA para o Caribe com o pretexto de combate ao tráfico de drogas.
No sábado, a Venezuela disse que um contratorpedeiro norte-americano abordou ilegalmente um navio venezuelano com nove pescadores a bordo. Foi feita uma detenção que durou cerca de oito horas.
O governo da Venezuela anunciou um reforço especial de destacamento e mais ações de combate ao narcotráfico no país, especialmente nos estados de Zulia, Falcón, Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, bem como nas costas e áreas fluviais.
As informações foram divulgadas pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, em publicação nas redes sociais. Elas já tiveram início no primeiro fim de semana do mês.
Em um vídeo, o ministro diz que, atualmente, já há 25 mil militares na chamada zona de paz número um, em que se tem os estados de Táchira e Zulia. Com isso, ele aumentou o reforço em outras regiões famosas pelo tráfico de drogas.
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