As ações do banco norte-americano First Republic caíram quase 50%, na segunda-feira ((20), devido ao temor de que precisará de um segundo resgate para se manter à tona, contrariando uma alta mais ampla nas ações de bancos impulsionada pela aquisição do Credit Suisse pelo UBS Group.
Menos de uma semana depois que os grandes bancos dos EUA injetaram US$ 30 bilhões em depósitos no credor de médio porte dos EUA, os investidores abandonaram o First Republic por temerem que a injeção de capital não seria suficiente.
O CEO do JPMorgan Chase & Co, Jamie Dimon, está conduzindo negociações com outros grandes bancos sobre novos esforços para estabilizar o First Republic com um possível investimento no credor, informou o Wall Street Journal, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
O JPMorgan e o First Republic se recusaram a comentar o relatório. Um porta-voz do First Republic apontou para uma declaração anterior em que o banco disse que estava “bem posicionado para administrar a atividade de depósito de curto prazo”.
“Há mais boas notícias do que más notícias no setor bancário”, disse Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da B. Riley Wealth. “Em primeiro lugar, a fusão entre Credit Suisse e UBS certamente tira muito estresse do sistema bancário global.”
Ação coordenada
Os formuladores de políticas de Washington à Europa enfatizaram repetidamente que a turbulência atual é diferente da crise financeira global de 15 anos atrás, apontando que os bancos estão mais capitalizados e os fundos mais facilmente disponíveis.
Ainda assim, os principais bancos centrais prometeram fornecer liquidez em dólares para estabilizar o sistema financeiro e evitar que o nervosismo bancário se transforme em uma bola de neve em uma crise maior.
O resgate suíço de última hora é apoiado por uma enorme garantia do governo, ajudando a evitar o que teria sido um dos maiores colapsos bancários desde a queda do Lehman Brothers em 2008.
Fonte: Agência Reuters
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