O bairro da Ilha das Caieiras é conhecido por ser um dos principais pontos turísticos e gastronômicos de Vitória, bastante frequentado não apenas por turistas, mas também por moradores da capital. Trata-se de um bairro antigo com uma imensa riqueza histórico-cultural, e que merece ser cuidado e valorizado. É nesse território que se localiza o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Magnólia Dias Miranda Cunha.
A partir de diálogos com a turma do grupo 5A, segundo a pedagoga Cassia Ferreira da Silva, a maioria das crianças revelou não ter acesso ou não conhecer o local, pois grande parte mora em outros bairros da região da Grande São Pedro. Assim, a equipe de profissionais que trabalha com a turma desenvolveu o projeto de sala de aula “Conhecer, Preservar e Cuidar de nossa Ilha”, buscando, a partir de pesquisas do passado recente, conhecer/reconhecer a Ilha das Caieiras e as mudanças que ocorreram ao longo do tempo, descobrindo seus cantinhos, histórias e segredos.
“Procurados discutir as relações existentes e viáveis de serem concretizadas entre lazer, Meio Ambiente, tecnologia, cultura e Educação Física no âmbito escolar, compreendendo a necessidade de conhecer o lugar onde se vive e convive, seus desafios concretos materialmente presentes no cotidiano da comunidade”, destacou a pedagoga.
Para agregar cultura, meio ambiente e tecnologia, a professora Antonia Ferreira e o professor de Educação Física Awsley Rangel planejaram uma aula com o uso de um drone com as crianças. O objetivo era oportunizar os pequenos a vivenciarem uma experiência incrível com a utilização do equipamento na aula de campo pela Ilha das Caieiras.
Crianças do Cmei Magnólia Dias Miranda Cunha participam do projeto “Conhecer, Preservar e Cuidar de nossa Ilha”, na Ilha das Caieiras.
O drone sobrevoou a região da Ilha, o Cmei Magnólia, a Igreja Nossa Senhora da Conceição, que possui um mirante exclusivo, entre outros pontos. “O drone fez vários registros desses espaços, o que foi uma experiência muito significativa para as crianças, que tiveram a oportunidade de conhecer o equipamento e serem registrados por eles. Os profissionais pontuaram a importância da utilização de equipamentos tecnológicos na Educação Infantil como uma ferramenta para melhorar a criatividade e a experimentação em sala de aula e fora dela, além da inserção das crianças na robótica e na tecnologia de Inteligência Artificial, facilitando o processo de ensino aprendizagem”, pontuou Cassia.
A galerinha curtiu e muito a aula de campo com drone! “Não podemos jogar lixo no mangue para não poluir e matar os peixes. Peixe, siri, caranguejo, tartaruga e garça são os animais que vivem no manguezal. Os pescadores só tiram eles para comer”, observou Pedro Santos Ferreira ao final da aula.
“Parece uma garça o drone”, comentou Pietro Rodrigues. Já Luiza Pimenta disse que achou o drone parecido com um avião.
Valorização do território
O projeto de sala de aula “Conhecer, Preservar e Cuidar de nossa Ilha” visa a ajudar na conscientização das crianças em relação à preservação do meio ambiente e ainda contribuir para a formação de cidadãos conscientes aptos para decidirem e atuarem diante da realidade que o mundo vem enfrentando com relação aos temas que abordam a poluição, o desmatamento, a preservação de espécies e a biodiversidade.
Além de despertar o interesse das crianças no processo de ensino aprendizagem, outro objetivo é dialogar com as novas tecnologias e diversas fontes de informações e conhecimentos que promovam experiências nas quais as crianças possam interagir, se expressar, fazer observações, manipular objetos, investigar, levantar hipóteses e consultar fontes de informações para buscar respostas a suas curiosidades e indagações.
“A Educação Infantil deve estar sempre relembrando e redescobrindo conhecimentos em diferentes perspectivas. Ainda nesse sentido, buscamos discutir as relações existentes e viáveis de serem concretizadas entre lazer, meio ambiente, tecnologia, cultura e educação física no âmbito escolar, compreendendo a necessidade de conhecer o lugar onde se vive e convive, seus desafios concretos materialmente presentes no cotidiano da comunidade”, ressaltou a pedagoga Cassia Ferreira da Silva.
Fonte: Assessoria/Texto: Brunella França – Edição Andreza Lopes
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