Equipes de resgate sul-africanas retiraram até agora 78 corpos e resgataram 166 pessoas da mina de ouro de Stilfontein ao longo de três dias de operações, disse a porta-voz da polícia Athlenda Mathe a nesta quarta-feira (15).
A operação para descer até o fundo da mina de 2,6 km de profundidade estava em pleno funcionamento nesta quarta-feira no local em Stilfontein, cerca de 150 km a sudoeste de Joanesburgo. Um número anterior de 36 mortos havia sido registrado na véspera. Espera-se que a operação dure um total de dez dias para desenterrar um número indeterminado de “zama zamas”, como são conhecidos na África do Sul os garimpeiros clandestinos.
Os sobreviventes, como disse um porta-voz da polícia sul-africana, serão acusados por crimes relacionados a mineração ilegal e imigração.
O governo sul-africano disse que o cerco à mina Stilfontein foi necessário para combater a mineração ilegal, que o Ministro da Mineração, Gwede Mantashe, descreveu como “uma guerra contra a economia”. Ele estimou que o comércio ilícito de metais preciosos valeu 60 bilhões de rands (US$ 3,17 bilhões) no ano passado.
Mais de 1.500 mineiros ilegais, em sua maioria estrangeiros, foram presos no local desde agosto. Entre eles, “121 mineiros ilegais já foram expulsos, incluindo 80 moçambicanos, 30 sothos, 10 zimbabuanos e um malauiano”, disseram as autoridades sul-africanas. O acesso à mina foi isolado pela polícia durante meses como parte de uma operação para prender centenas de mineiros ilegais.
Os “zama zamas” (“aqueles que tentam” em zulu) geralmente vêm de outros países para trabalhar em minas sem permissão na África do Sul. Suas atividades são malvistas tanto pelas empresas de mineração quanto pelos moradores locais, que as associam a um aumento da criminalidade. As autoridades foram acusadas de tentar forçar os mineiros a voltar à superfície do que parecia ser uma pequena cidade subterrânea, reduzindo os suprimentos de comida e água levados a eles pela comunidade local, que vive da economia informal em torno da mina, desde novembro.
Fonte: AFP
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