A banana, símbolo da fartura e da tradição agrícola de Alfredo Chaves, vai muito além das lavouras do município. Por isso, o município criou a Festa da Banana e do Leite, que este ano chegou à sua 50ª edição. A banana ganha forma, cor e sabor nas mãos de quem transforma o fruto em afeto. E ninguém representa melhor essa alquimia do que a empreendedora Arlete Manzioli Amborzini, de 48 anos, moradora da comunidade de São Francisco de Batatal.
Em meio às montanhas de Alfredo Chaves, Arlete encontrou na cozinha um novo propósito de vida. Há cerca de dez anos, após enfrentar problemas de saúde que a afastaram da lida na roça ao lado do marido, ela decidiu trocar a enxada pelas panelas — e o resultado foi mais do que saboroso. “Para mim, a cozinha me salvou da depressão”, revela, emocionada.
Com receitas que misturam tradição e criatividade, Arlete se especializou na produção artesanal de bolos, biscoitos, doces e geleias. Seu principal ingrediente? A banana colhida no sítio da própria família. “O segredo do doce de banana ser tão cremoso é o carinho na hora de preparar”, conta ela, com um sorriso que revela orgulho e amor pelo que faz.
Também entre seus produtos mais queridos está o “Fubaquito” — um biscoito feito com fubá da roça. Já o doce de banana cremoso conquista pelo sabor e pela memória afetiva que desperta. Arlete também inova: desenvolveu receitas sem açúcar, lactose e glúten, mostrando que tradição e saúde podem caminhar juntas.
As delícias são vendidas em casa, sob encomenda, e também na Casa do Artesão, no centro de Alfredo Chaves. Ela também realiza entregas. E foi com muito entusiasmo que ela participou da 50ª Festa da Banana e do Leite, evento que celebra a identidade agrícola e cultural do município. “A banana representa muito para nós. É sustento, é memória, é sabor”, afirma.
Arlete é exemplo vivo de como os frutos da terra, quando colhidos com dedicação e transformados com amor, podem mudar vidas.
Fonte: Assessoria PMAC/Dirceu Cetto
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