O distrito de Alto Pongal, em Anchieta, que tem forte história de imigração italiana, recebe a exposição “Do Passado ao Horizonte, 150 Anos de Travessias”, e é uma continuidade dos eventos que marcam os 150 anos da imigração italiana no Espírito Santo.
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A abertura da exposição acontece, nesta sexta-feira (4), na Praça Central de Alto Pongal, na Av., Virgílio Lorencini.
O horário de visitação será das 8:00 às 11:00 h e, aos finais de semana, o horário será estendido para parte da noite.
Grupos podem agendar a visita pelo telefone (28) 99982-5525.
A exposição conta com a parceria do Arquivo Público Estadual, o patrocínio do Grupo Águia Branca e é realizada pela Associação Federativa Comunità Italiana do Espírito Santo, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), Secretaria da Cultura, Governo do Espírito Santo e com o apoio da Associação de Moradores e Amigos de Alto Pongal – Anchieta. Para sua execução, contou com uma equipe técnica multidisciplinar, com a participação de historiadores, fotógrafos, artista plástico e designer gráfico.
Momentos históricos
O processo imigratório italiano em massa para o Brasil teve início em fevereiro de 1874, há 150 anos, com a chegada da Expedição Tabacchi à baía de Vitória, no dia 17 de fevereiro. O Brasil é atualmente o segundo país com o maior número de descendentes de italianos do mundo (cerca de 30 milhões) e a maioria está nas regiões Sul e Sudeste. O Espírito Santo foi a principal porta de entrada deles.
A migração foi o resultado de um processo mais longo de Unificação Italiana, concluído em 1871. Antes disso, a Península Itálica era formada por reinos, ducados, repúblicas, principados e cidades muito diferentes, cada um com suas leis, moeda, tradições, dialetos e costumes.
Durante e após os conflitos, a fome e a pobreza, juntamente com a falta de trabalho, desencadearam um intenso processo de migração dentro do território e fluxos de emigração para outros países, principalmente Estados Unidos, Brasil e Argentina. O contexto histórico pós-unificação era de crise e desagregação, tanto nos campos quanto nas cidades. Como em toda zona de tensão militar, os movimentos populacionais, com fugitivos, refugiados e combatentes, eram constantes em toda a Itália.
“A exposição que preparamos conseguiu trazer para as telas uma demonstração muito bonita e forte de diferentes períodos históricos. Será emocionante, especialmente para os descendentes dessa história relembrarem o que eles viveram ou ouviram de seus familiares”, reforça Cilmar Franceschetto.
Para a presidente da Associação Comunità Italiana, Rosa Maioli, a realização da exposição tem grande importância para a preservação da memória e identidade dos descendentes de italianos.
Fonte: Assessoria Secult-ES
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