Brasil: Anvisa emite alerta após casos de botulismo na aplicação de botox

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta para profissionais de Saúde que realizam procedimentos com injeção de toxina botulínica, conhecido popularmente como botox, depois que casos de botulismo após o procedimento foram notificados à agência.

Dois casos de botulismo, doença que pode causar envenenamento grave em e paralisação de partes do corpo, relacionados ao botox foram notificados. Após revisão de dados de notificações e textos de bula disponíveis em outros países, a Agência solicitou que as empresas com produtos registrados com a toxina incluam na bula o “risco de que a toxina pode afetar áreas distantes do local da injeção”.

A agência ainda pede que seja incluída na bula a possibilidade de que a substância cause sintomas graves de botulismo, que podem surgir horas ou semanas após a aplicação.

No botulismo, a toxina botulínica, usada no botox, ataca as células nervosas do corpo. A ação causa paralisia muscular, especialmente os músculos faciais dos olhos, rosto e boca, antes de se espalhar para os braços e pernas.

Em casos graves, a doença pode causar dificuldade para respirar, deglutir e até morte. Esse é o primeiro alerta da agência relacionado ao tema.

A Anvisa recomenda que a população receba injeções de toxina botulínica apenas de profissionais habilitados e treinados e em ambientes de saúde. É recomendado informar o profissional caso já tenha recebido injeção previamente, antes de realizar o procedimento novamente.

Se houver suspeita de botulismo, o paciente deve ser orientado a procurar atendimento no serviço de saúde mais próximo para solicitar a aplicação da antitoxina botulínica com urgência.

Cuidados ao utilizar a toxina botulínica

• Utilize somente produtos aprovados pela Anvisa e dentro do prazo de validade.
• A aplicação deve ser feita por profissionais habilitados e em serviços de saúde autorizados pela vigilância sanitária local.
• Siga as orientações da bula, especialmente em relação ao intervalo necessário entre as aplicações.

Fonte: CNN Brasil/Guilherme Gama