Tripulantes de companhias aéreas brasileiras evitam relatar fadiga às empresas com medo de serem desligados. O setor foi um dos mais atingidos pela pandemia, com os aviões ficando no chão por meses no Brasil e no resto do mundo.
A retomada ocorre, felizmente, para toda a cadeia, mas voar atrás dos resultados tem seu preço, muito além da equação financeira.
Uma pesquisa do Sindicato Nacional dos Aeronautas deu voz à profissionais que evitam falar diretamente às suas companhias aéreas. “Foram muito importantes as perguntas de: ‘Você já reportou fadiga?’ e ‘Reportaria de novo?’. A grande maioria diz que não. Ai você pergunta o porquê. ‘Porque tenho medo’, ‘porque tenho um X nas costas’, ‘porque perderei dinheiro’ e ‘é medo de ficar marcado na indústria, então eu não reporto’.
“Entendemos que essa pesquisa trás, com fidelidade, a realidade de fadiga dos tripulantes brasileiros”, diz Thiago Rosa da Silva, diretor do Simav. A pesquisa Satisfação de Níveis de Fadiga dos Tripulantes Brasileiros ouviu 4.359 profissionais do setor, sendo que mais de 50% foram dadas por funcionários da Latam. “Existe uma grande concentração entre as três empresas: Latam, Gol e Latam. Elas se dividem na liderança de mercado, de pontualidade, tamanho de empresa. São muito semelhantes, na minha ótica. A pesquisa refletiu mais tripulantes Latam. Nós entendemos que é um grupo que está mais irritado, talvez, com a empresa. Mostra mais insatisfação com a empresa, mas por diversos outros motivos que fizeram esses tripulantes terem engajamento maior na pesquisa do sindicato. Isso não quer dizer que a Latam traz mais fadiga do que a Gol ou a Azul. Isso quer dizer que os tripulantes foram mais engajados na pesquisa”, completa Thiago.
Medo de demissão
Tripulantes de companhias aéreas brasileiras evitam relatar fadiga às empresas com medo de serem desligados. O setor foi um dos mais atingidos pela pandemia, com os aviões ficando no chão por meses no Brasil e no resto do mundo. A retomada ocorre, felizmente, para toda a cadeia, mas voar atrás dos resultados tem seu preço, muito além da equação financeira. Uma pesquisa do Sindicato Nacional dos Aeronautas deu voz à profissionais que evitam falar diretamente às suas companhias aéreas. “Foram muito importantes as perguntas de: ‘Você já reportou fadiga?’ e ‘Reportaria de novo?’. A grande maioria diz que não. Ai você pergunta o porquê. ‘Porque tenho medo’, ‘porque tenho um X nas costas’, ‘porque perderei dinheiro’ e até ‘medo de ficar marcado na indústria, então eu não reporto’.
A pesquisa refletiu mais tripulantes Latam. “Nós entendemos que é um grupo que está mais irritado, talvez, com a empresa. Mostra mais insatisfação com a empresa, mas por diversos outros motivos que fizeram esses tripulantes terem engajamento maior na pesquisa do sindicato. Isso não quer dizer que a Latam traz mais fádiga do que a Gol ou a Azul. Isso quer dizer que os tripulantes foram mais engajados na pesquisa”, continuou Thiago.
Fonte: Estadão
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