A extração ilegal de areia se tornou um negócio bastante rentável para milicianos do Rio de Janeiro. A prática foi alvo da operação Areia Legal feita pela Polícia Civil, em conjunto com a Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade, na quarta-feira (26). As ações foram concentradas nas cidades de Seropédica e Itaguaí, no chamado Grande Rio.
Milícias que atuam nesta região e na Baixada Fluminense estariam explorando ilegalmente a extração de areia na região. Os grupos são liderados por William dos Santos Araújo, conhecido como Tubarão, e por Danilo Dias Lima, o Tandera, reconhecido como um dos paramilitares mais procurados do Estado. A areia é utilizada para construções irregulares em áreas dominadas pelos milicianos, especialmente em favelas e comunidades. Os grupos criminosos estariam ainda extorquindo empresários em mais de R$ 500 mil por mês para a compra da areia ilegal.
Meio Ambiente
As equipes da Polícia Civil averiguaram diversos pontos dos municípios investigados, onde apreenderam e destruíram o maquinário utilizado na extração ilegal. As investigações revelaram que a prática também tem causado danos ao meio ambiente.
Suspeita-se que a extração de areia ilegal renda aos paramilitares lucros na casa dos milhões ao ano. Em 2019, uma das construções ilegais, feita em uma área dominada pela milícia na favela Rio das Pedras, terminou em tragédia. Mais de 20 pessoas morreram após o desabamento de dois prédios vizinhos na região.
Fonte: Jovem Pan News
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