A febre maculosa, uma doença causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato-estrela, tem sido motivo de preocupação por sua alta taxa de letalidade. Principalmente depois que quatro pessoas, que visitaram uma fazenda em Campinas (SP), morreram vítimas da doença.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) paulista, no ano de 2022 estiveram registrados 62 casos, dos quais 44 resultaram em óbito, representando uma taxa de mortalidade de 74,6%.
Transmissor da doença, o carrapato-estrela, conhecido em algumas regiões como micuim, aparece com mais frequência em capivaras e cavalos, mas também em outros animais.
Animais que hospedam o carrapato-estrela
Uma ameaça para os humanos quando infectado, o carrapato-estrela, da espécie Amblyomma cajennense, pode usar como hospedeiros:
- cavalos;
- bois;
- gambás;
- capivaras;
- coelhos;
- micos;
- aves domésticas;
- répteis;
- animais de estimação, como gatos e cachorros.
Características do carrapato-estrela
O carrapato-estrela possui duas fases, sendo que na inicial ele tem tamanho microscópico e pode passar despercebido. Enquanto na fase adulta ele é maior e já têm um formato estrelado, tornando-se mais perceptível ao olhar humano.
Transmissão
Os animais e os humanos são como “condutores” do carrapato-estrela que, se estiver infectado com a bactéria, pode picar alguém e acabar fazendo a transmissão.
Vale ressaltar que, como o carrapato-estrela é o transmissor, não tem como a doença passar diretamente de pessoa para pessoa e nem através do contato com animais infectados.
Segundo especialistas, o carrapato não transmite a doença de imediato, pois ele precisa de um longo contato com a pele do hospedeiro em questão, entre 6 e 10 horas. Este é o período suficiente para que a bactéria seja reativada na glândula salivar e em seguida espalhada pelo corpo.
Como proceder ao detectar o carrapato
Se o animal de estimação estiver com o carrapato-estrela, é recomendado que ele seja levado ao veterinário, que deverá indicar o melhor produto para o caso.
Já em humanos, o carrapato deve ser removido com uma pinça, com muito cuidado, delicadeza e firmeza. Fica o alerta: não esmague ou aperte na pele o carrapato-estrela!
Após a remoção com cautela, é só lavar a área com álcool, água e sabão. Quanto mais rápido tirar o carrapato, menor o risco de desenvolver a doença.
É recomendado procurar o sistema de saúde pra detectar, ou não, a presença da bactéria.
Fonte: Catraca Livre
Comente este post