Os sucessivos incêndios anuais na Califórnia aumentaram em muito os riscos para as seguradoras e algumas delas decidiram recuar e não renovaram ou fizeram novos contratos. A zona mais atingida por esta situação foi o bairro de Pacific Palisades, um dos mais afetados pelas chamas.
Em Julho do ano passado, quando a Califórnia vivia um dos verões mais quentes de sempre, a maior seguradora do estado deixou de fazer novos seguros de habitação a mais de mil proprietários e não renovou quase 70 por cento das apólices no código postal de Palisades, onde vivem muitas das estrelas de Hollywood.
Aos proprietários das casas restou apenas como solução a hipótese da seguradora de “último recurso” apoiada pelo Estado e conhecida como plano FAIR. O problema é que o plano limita as apólices a 3 milhões de dólares, um valor que é inferior ao preço médio das casas em muitas comunidades, incluindo as Palisades.
Apesar do FAIR não apresentar contas, em março do ano passado a presidente revelou que o plano era responsável por mais de 300 mil milhões de dólares em perdas potenciais e só tinha 200 milhões de excedente disponíveis para cobrir esses custos. Na mesma altura, um elemento do plano dizia ao Los Angeles Times que estavam a uma má época de incêndios de distância de declararem a insolvência total. Os incêndios desta semana podem bem ser essa má época.
Se os pedidos de indemnização destes incêndios excederem as reservas do plano FAIR as companhias de seguros privadas vão ser obrigadas a cobrir os primeiros mil milhões de dólares de défice. Se o valor da indemnização for ainda mais elevado, as seguradoras podem pedir aprovação para cobrar o custo restante aos segurados.
Neste momento o Fair ainda não tem ideia a quantas das cerca de 10 mil propriedades afetadas dá cobertura.
Esta tarde, tentando proteger os proprietários, o Comissário para os seguros da Califórnia usou o poder que tem para impor uma moratória de um ano à não renovação e ao cancelamento de seguros de incêndio.
Fonte: CNN News
Comente este post