Em meio à onda de calor que atinge o Brasil, diversas capitais do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste devem seguir registrando temperaturas acima da média para este período do ano.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a máxima pode chegar a 39°C no domingo (16). Em São Paulo, a expectativa é que os termômetros atinjam os 32°C.
A previsão é que o tempo fique um pouco mais instável nesta sexta (14), principalmente no litoral sul de São Paulo e no centro-leste paulista, por conta que uma baixa pressão que deve se formar ao longo do dia na costa.
Apesar da formação dessa frente fria marítima, a onda de calor está longe de terminar. Isso porque o sistema não avança sobre o país – só deve trazer mais umidade para o estado de São Paulo.
A previsão é que as temperaturas fiquem até 7°C acima do esperado para o mês de fevereiro e que o fenômeno se estenda ao menos até 24 de fevereiro.
Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, comenta que as temperaturas devem aumentar com o passar dos dias, com expectativa da próxima semana ser ainda mais quente.
“De modo geral, o pico de calor deve acontecer depois do que estava sendo esperado e deve acontecer entre terça e quarta da próxima semana”, prevê.
Diferentemente do esperado para essas regiões, no Sul, o tempo deve ficar instável, reflexo de uma frente fria que passa pela região.
Calorão por mais tempo
A onda de calor que atinge o Brasil foi estendida e agora pode durar ao menos até o dia 24 de fevereiro. Inicialmente, estava previsto que o calorão fosse até dia 21 de fevereiro.
Além da atualização de duração, a área atingida pela onda de calor também foi ampliada.
Nove estados e o Distrito Federal deve registrar temperaturas muito acima da média:
- norte do Paraná
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- sul do Espírito Santo
- Minas Gerais
- Mato Grosso do Sul
- Distrito Federal
- Goiás
- Bahia
- extremo sul do Piauí
Para ser caracterizada como onda de calor, as temperaturas precisam se manter 5°C acima da média por pelo menos cinco dias consecutivos.
Ele ainda comenta que cada local pode ter uma pequena variação no dia em que o pico será registrado.
O fenômeno é consequência de um bloqueio atmosférico se instalou instalar na região central do país.
Os bloqueios atmosféricos são sistemas de alta pressão que se estabelecem em níveis médios da atmosfera e intensificam a circulação do ar de cima para baixo. Esses fenômenos favorecem o aumento das temperaturas e impedem a formação de grandes nuvens de chuva.
Maiores temperaturas do ano
A sequência extensa de dias de calor deve fazer com que algumas capitais registrem as maiores temperaturas do ano.
No Sudeste, por exemplo, todas as capitais têm chance de atingir o recorde de calor para 2025 ao longa da semana, de acordo com a Climatempo.
Até o momento, as capitais da região têm as seguintes marcas de temperatura mais alta no ano:
- São Paulo: 33,9 °C – 22/01 – (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
- Rio de Janeiro: 38,7 °C – 20 e 21/01 – (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
- Vitória: 36,2 °C – 21/01 – (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
- Belo Horizonte: 34,4 °C – 21/01- (recorde de calor para 2025 e para o verão 24/25)
Além das altas temperaturas, Luengo comenta que as chuvas tendem a ser bem mais isoladas neste período.
“A chuva durante a onda de calor é a chuva convectiva, que se forma por causa do calor e da umidade e acontece de forma mais isolada. Não vai ser aquela chuva muito abrangente e generalizada”, detalha.
O meteorologista ainda destaca que o estado de São Paulo pode ser um dos locais com mais chuva, mas sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e Mato Grosso do Sul também podem ter pancadas.
Fonte: g1/ Júlia Carvalho
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