O voo com os brasileiros deportados dos EUA está em Manaus e não vai mais para Belo Horizonte nesta sexta-feira (24), onde deveria ter pousado às 20h, seguindo a programação original. O primeiro voo com deportados dos Estados Unidos para o Brasil desde a posse de Donald Trump, pousou no aeroporto de Manaus, por volta das 18h desta sexta-feira (24). A aeronave, com 158 pessoas a bordo, tinha Belo Horizonte como destino final, mas precisou passar por manutenção, cancelando a decolagem para Minas Gerais.
A PF não informou a nacionalidade dos ocupantes, mas, segundo o o Itamaraty, 88 são brasileiros.
O avião pousou em Manaus para fazer apenas um reabastecimento. Porém, durante o procedimento, apresentou problemas técnicos no ar condicionado, causando um princípio de tumulto entre os passageiros.
A tripulação considerou que a situação apresentada não permitia a retomada do voo até Belo Horizonte. Com isso, a viagem foi cancelada.
Na madrugada deste sábado (25), a superintendência da Polícia Federal de Manaus confirmou que os EUA vão enviar uma nova aeronave para garantir o transporte dos passageiros até a capital mineira, onde serão recebidos pelas autoridades aduaneiras. A expectativa é de que o avião chegue à capital manauara no início da tarde.
Até lá, o grupo ficará numa sala no aeroporto internacional Eduardo Gomes.
Novas regras contra imigração
Ao tomar posse para um novo mandato na última segunda-feira (20), o presidente americano Donald Trump anunciou uma série de medidas adicionais para restringir a admissão de imigrantes – brasileiros ou de qualquer outra origem.
O texto divulgado pela Casa Branca com as prioridades do mandato cita “medidas ousadas para proteger nossa fronteira e as comunidades americanas”. Entre as ações elencadas, estão:
- o restabelecimento da política “Permaneça no México”;
- a retomada da construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México;
- a punição com pena de morte para imigrantes ilegais que assassinarem americanos;
- o fim do asilo a quem cruza a fronteira ilegalmente;
- uma grande operação de deportação de imigrantes ilegais;
- o envio das Forças Armadas, incluindo a Guarda Nacional, para a área da fronteira;
- e a classificação de cartéis de drogas como “organizações terroristas estrangeiras”, evocando a a Lei dos Inimigos Estrangeiros, de 1798.
Trump também declarou “emergência” na fronteira entre EUA e México, o que significa a autorização do envio de militares à região.
Ainda no primeiro dia de mandato, Trump revogou cerca de 80 decretos do governo de seu antecessor, Joe Biden, referentes ao tema da imigração. Entre os decretos revogados está o que permitia a reunificação de famílias de imigrantes separadas na fronteira.
O republicano também retirou o direito automático à cidadania concedido àqueles nascidos em território norte-americano. E anunciou a suspensão da concessão de refúgios por ao menos quatro meses, além da revisão do sistema para análise desses pedidos.
Fonte: CNN News/g1
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