O Dia do Consumidor, celebrado neste sábado (15), deve levar diversos brasileiros às compras, enquanto as lojas aproveitam a data para impulsionar as vendas com promoções.
Além de buscar pelos melhores preços, consumidores devem ficar atentos a possíveis golpes e outros perigos durante o período.
Com o intuito de ajudar os consumidores, veja a seguir um guia prático com os produtos que tiveram maior queda no preço e dicas para aproveitar a data com maior segurança.
Produtos em alta com maior desconto
Entre os produtos mais procurados pelos consumidores e com maior desconto, se destacam itens para casa e lazer, segundo levantamento feito pelo site Buscapé.
As bicicletas, por exemplo, tiveram a maior alta na busca online, com um crescimento de 119%.
Fritadeira elétrica – popularmente conhecida como AirFryer –, ar-condicionado, geladeira, máquina de lavar e celulares também estão no radar dos consumidores.
Já eletrodomésticos registraram reduções de preços consideráveis.
O ar-condicionado apresentou o maior desconto: redução de 35% no preço. Em seguida aparecem fogão (19%), lavadora de roupa (11%) e geladeira (10%).
Na categoria eletroeletrônico, destaque para tablets, com redução de 55% no preço.
Como se proteger na hora das compras
Apesar da data ser um bom momento para os consumidores irem às compras, é necessário cautela antes de qualquer decisão.
Segundo Stefano Ribeiro Ferri, advogado especialista em Direito do Consumidor, existem algumas dicas que podem ajudar a evitar golpes e compras frustradas.
Confira abaixo:
- Antes de inserir dados pessoais ou bancários, é importante checar se o link do site inicia com “https://” e confirmar se há um cadeado de segurança ao lado;
- Evite links recebidos por WhatsApp, SMS ou redes sociais: muitas promoções falsas circulam nessas plataformas. Acesse diretamente o site oficial da loja;
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado: caso o produto normalmente custe R$ 2 mil e aparece por R$ 500, há grandes chances de ser golpe;
- Prefira pagar com cartão de crédito, pois é mais fácil contestar a cobrança caso haja algum problema;
- Verifique a reputação da loja: consulte sites como Reclame Aqui, Procon e redes sociais para ver reclamações de outros consumidores.
Para garantir maior segurança, também é indicado confirmar se a loja possui CNPJ, endereço e canais de atendimento ativos. Além disso, os consumidores devem conferir a URL do site – segundo o advogado, “fraudes muitas vezes ocorrem em sites que imitam grandes varejistas”.
Como evitar desconto falso?
Para além desse cuidados, o consumidor também deve ficar de olho no que é ofertado pelas lojas, isso porque um dos golpes comuns nesse período é a elevação exagerada dos preços dos produtos e depois a aplicação de um desconto falso.
- Monitore os preços com antecedência: Use sites e extensões como Buscapé e Google Shopping para ver o histórico de preços;
- Questione-se: o preço está realmente abaixo do normal ou se trata de uma fraude?
- Fique atento a “ofertas relâmpago” que forçam uma decisão impulsiva: Muitas dessas promoções pressionam o consumidor sem dar tempo para uma pesquisa adequada.
O que fazer caso algum direito do consumidor não seja garantido?
Ferri também elencou direitos previstos em lei e atitudes que podem ser tomadas pelos consumidores caso eles sejam lesados de alguma forma.
- Direito de arrependimento (para compras online): Você tem 7 dias para desistir da compra, a partir do recebimento, sem precisar justificar o motivo;
- Entre em contato com o SAC da empresa: Se houver problema, tente resolver diretamente com o fornecedor;
- Registre reclamações em plataformas públicas, como o Reclame Aqui e o Procon.
Dicas extras
- Compare ofertas em diferentes lojas antes de fechar a compra;
- Guarde todos os registros da compra: print do anúncio, e-mails de confirmação e comprovante de pagamento;
- Leia as políticas de troca e devolução antes de concluir a compra;
- Evite compras em redes de wi-fi públicas, pois podem ser inseguras para inserir dados bancários;
- Cuidado com falsos atendentes: golpistas podem se passar por suporte técnico para roubar dados.
Fonte: CNN Brasil/Gisele Farias e Maria Luiza Araujo
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