Pelo menos dezesseis pessoas, incluindo 12 estrangeiros, estão desaparecidas depois que um barco turístico naufragou na costa egípcia do Mar Vermelho, informou o governo local nesta segunda-feira (25).
O Sea Story transportava 44 pessoas, incluindo 31 turistas e 13 tripulantes, em uma viagem de mergulho de vários dias quando naufragou perto da cidade de Marsa Alam, informou a província do Mar Vermelho em um comunicado, revisando um relato anterior de 14 tripulantes egípcios a bordo.
Vinte e oito pessoas foram resgatadas e tiveram apenas ferimentos leves, como hematomas e arranhões, e nenhuma delas precisou de hospitalização.
O barco enviou sinais de socorro por volta de 5h30 da manhã (00h30 de Brasília), de acordo com um comunicado da governadoria do Mar Vermelho (a principal divisão administrativa).
O governador do Mar Vermelho, Amr Hanafi, disse que relatórios preliminares sugeriram que uma grande onda repentina atingiu o barco, virando-o em 5 a 7 minutos.
“Alguns passageiros estavam em suas cabines, por isso não conseguiram escapar”, acrescentou ele no comunicado.
Fragatas e aeronaves das forças armadas egípcias vasculharam a área em busca dos desaparecidos, mas às 17h (15h GMT) a busca foi interrompida durante a noite, disse uma fonte do governo nesta segunda-feira (25).
Os estrangeiros a bordo do navio de 34 metros de comprimento, de propriedade de um cidadão egípcio, incluíam americanos, belgas, britânicos, chineses, finlandeses, alemães, irlandeses, poloneses, eslovacos, espanhóis e suíços.
Hanafi disse que o Egito está colaborando com embaixadas, consulados e autoridades relevantes para facilitar a documentação dos passageiros resgatados, que estão atualmente acomodados em um hotel em Marsa Alam, e para garantir que suas necessidades sejam atendidas.
O Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha disse que está fornecendo apoio consular a vários cidadãos britânicos e suas famílias após um incidente no Egito e está em contato com as autoridades locais.
O Mar Vermelho é um destino popular de mergulho, conhecido por seus recifes de corais e vida marinha, além de ser importante para a indústria turística do Egito.
Hanafi disse que o barco provavelmente afundou perto do Recife Sataya, sem dar mais informações.
Ele disse que uma revisão técnica completa não confirmou nenhuma falha no barco, que passou na última inspeção da Autoridade de Segurança Marítima em março de 2024, recebendo um certificado de validade de um ano.
A Autoridade Portuária Egípcia do Mar Vermelho informou em um comunicado que havia fechado o tráfego marítimo na área na tarde de domingo, quando a velocidade do vento atingiu 34 nós e a altura das ondas atingiu 3-4 metros.
Este é o segundo barco a afundar na área este ano. Em junho, um barco afundou após sofrer danos severos causados por ondas fortes, disse o Ministério do Meio Ambiente na época. Nenhuma vítima foi relatada.
Fonte: Agência Reuters/Mohamed Ezz, Ahmed Mohamed Hassan e Yusri Mohamed
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