Uma juíza federal bloqueou indefinidamente a proibição do presidente Donald Trump sobre pessoas trans nas Forças Armadas. A medida significa uma derrota a uma política controversa que Trump trouxe de volta de seu primeiro mandato.
Reyes, nomeada pelo ex-presidente Joe Biden, escreveu que a proibição “está impregnada de animosidade e transbordando de pretextos. Sua linguagem é descaradamente depreciativa, sua política estigmatiza as pessoas trans como intrinsecamente incapazes, e suas conclusões não têm relação com os fatos.”
“Os réus não apresentaram uma razão legítima para proibir todos os militares trans,” escreveu.
A juíza disse que estava suspendendo sua liminar preliminar até a manhã de sexta-feira (21) para dar tempo ao governo de apelar à Corte de Apelações do Circuito de Washington.
A magistrada considerou que o decreto não expressa “essa política” e reprovou o fato de que esteja marcado pela “hostilidade” às pessoas transgênero, sem nenhuma justificativa legal ou racional para a sua exclusão das forças armadas.
Em virtude do decreto, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou em fevereiro que não apenas deteria o recrutamento de pessoas trans no Exército, mas que também expulsaria quem já estivesse em serviço, a menos que recebessem isenções especiais.
Donald Trump já havia tomado ações contra as pessoas transgênero em seu primeiro mandato (2017-2021), quando impediu o recrutamento no Exército de pessoas que necessitavam de medicamentos hormonais ou haviam se submetido a um tratamento médico de mudança de sexo.
O sucessor democrata, Joe Biden, reverteu essa decisão e voltou a autorizar o alistamento de pessoas trans, destacando que “todos os americanos aptos a servir nas forças armadas dos Estados Unidos deveriam poder fazê-lo”.
Estima-se que o número de pessoas transgênero no Exército americano é de cerca de 15.000, de um total de aproximadamente 2 milhões de efetivos.
Fonte: CNN News/France Press
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