O furacão Milton está avançando em direção à Flórida, onde pode ser uma das tempestades mais destrutivas já registradas, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC).
A tempestade nesta terça-feira (8) se fortaleceu novamente para um furacão de categoria 5, mas a previsão é que enfraqueça para a categoria 3 antes de tocar o solo na Costa Central do Golfo da Flórida na quarta-feira (9).
As autoridades estão alertando os moradores da Flórida para prestarem atenção aos avisos e permanecerem vigilantes.
Força da tempestade
Milton se tornou um furacão de categoria 5 pela primeira vez na segunda-feira às 12h e manteve a força da categoria 5 até às 3h desta terça-feira. A tormenta tornou-se novamente um furacão de categoria 5 nesta terça-feira à tarde, de acordo com a última atualização do NHC.
Os caçadores de furacões da Reserva da Força Aérea descobriram que a pressão de Milton está caindo e os ventos estão aumentando. No satélite, o olho do furação clareou significativamente — uma marca de uma tempestade muito poderosa.
Espera-se que a força da tempestade varie nas próximas 36 horas, e ela enfraquecerá um pouco, mas dobrará de tamanho, o que significa que seus impactos serão sentidos em uma área muito maior.
Ameaças de tempestade
A tempestade está a 722 km a sudoeste de Tampa, na Flórida, com ventos sustentados de 265 km/h e está se movendo de leste a nordeste a 14 km/h, de acordo com a atualização do NHC às 18h horário do leste.
O tempo de chegada da tempestade diminuiu um pouco em um aviso anterior do NHC e agora é esperado para muito tarde na noite desta quarta-feira (9) até muito cedo na quinta-feira (10).
Quando Milton tocar o solo, seus ventos com força de tempestade tropical se estenderão cerca de 370 km para fora de seu centro. Isso é longe o suficiente para cobrir toda a largura da Península do estado.
Os meteorologistas estão alertando as pessoas para não baixarem a guarda e se prepararem para mudanças críticas de último segundo na trajetória da tempestade.
Entre 2 e 12 polegadas de chuva, ventos fortes e tempestades são previstos em áreas como Tampa, Sarasota, Fort Myers e Orlando. As faixas externas do furação Milton podem começar a impactar a Península da Flórida e as Keys com tornados e trombas d’água incorporados já na noite desta terça-feira (9).
Ordem de evacuação
Os militares na Base Aérea MacDill dos EUA em Tampa estão sendo retirados antes da chegada de Milton.
Alguns porto-riquenhos que vivem na Flórida estão retornando à ilha com medo dos danos da tempestade.
O Departamento de Correções da Flórida disse que 4.6 mil prisioneiros foram retirados antes do furacão atingir a região.
Residentes da área de Tampa Bay pegam suprimentos antes da chegada de Milton. Foto: REUTERS
O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse que os moradores têm uma janela curta para executar seus planos de retirada antes da chegada de Milton.
DeSantis também disse aos moradores que “este não é apenas um evento sobre a Costa Oeste da Flórida”.
O governador também disse que áreas de resposta estão sendo criadas em todo o estado em preparação para a tempestade. O estado vem acumulando recursos para os vários locais desde o fim de semana, a gestão afirmou.
Intensificação rápida quase sem precedentes
O furacão Milton se intensificou rapidamente em um nível quase sem precedentes, chegando à categoria 5 devido ao recorde de calor nas águas do Golfo do México. Ele deve crescer em tamanho, o que significa que, embora possa diminuir de categoria, seus impactos perigosos serão espalhados por uma área muito maior.
A previsão é que a tormenta chegue à costa do Golfo da Flórida nesta quarta-feira (9), quando deve estar na categoria 3. O furacão Milton chegou a ser considerada a tempestade mais forte do planeta em 2024, com ventos sustentados de 281 km/h.
Recentemente, o furacão Helene atingiu a costa do Golfo da Flórida como uma tempestade e chegou à região de pântanos como furacão de categoria 4. As autoridades estão pedindo aos moradores — ainda em recuperação pelos danos do Helene — que se retirem ou se preparem para outra tempestade com risco de morte.
Fonte: CNN News
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