Movimentos sociais e coletivos culturais de Guarapari estão em busca de uma resposta da prefeitura para a realização da Conferência Municipal da Juventude. O encontro tem o objetivo de discutir diretrizes para a população jovem da cidade, através de debates entre o poder público e representantes da sociedade civil.
Segundo Leonardo Brandão, coordenador do Coletivo DRC (Diversidade, Resistência e Cultura), o poder público municipal não tem dado atenção ao tema. “Os movimentos sociais têm cobrado do poder público uma devolutiva e até agora sem retorno algum. Tivemos a Conferência Municipal da Criança e do Adolescente e também a de Assistência Social. E por que não termos a de Juventudes? A prefeitura está negando um direito nosso, das juventudes”, disse.
Além do DRC, os coletivos e movimentos Coletivo Mulheres que Lutam; Coletivo Facção Inversa; Grêmio Marcílio Lieberenz Falleiros – IFES GUARAPARI; Grêmio Malala Yousafzai – Angélica Paixão; CRIOULOS- Movimento Negro de Guarapari; House of Enkanta – Casa de fomento a cultura Ballroom; Juventude Fogo no Pavio – Brigadas populares; CACIN – Centro Acadêmico da Licenciatura em Ciências da Natureza e vereadora Sabrina Astori estão cobrando a realização da reunião.
A convocação da Conferência Municipal da Juventude tem origem da convocação pela Subsecretaria Nacional da Juventude de um encontro sobre o tema. A 4ª Conferência Nacional da Juventude está programada para ser realizada entre os dias 14 e 17 de dezembro, em Brasília.
Após a convocação nacional, coube ao governo do Estado formar uma comissão para determinar um prazo o encontro capixaba. “A Conferência é um momento extremamente importante, uma vez que a própria ajuda na construção de políticas públicas para nós”, afirma Leonardo. Ele ainda explica que a prefeitura tem até quarta-feira (30) para convocar a Conferência e até o fim de setembro para realizá-la.
As últimas três conferências realizadas foram por iniciativa da sociedade civil da cidade. O coletivo Sinestesia foi responsável pela mais recente, já que a prefeitura não se posicionou sobre a convocação.
“Eu e a Aghata (Barbosa) somos conselheiros estaduais de Juventudes, representamos a Juventude LGBTQIA+ no Conselho e a juventude num todo de Guarapari. Estamos aqui para cobrar e vamos cobrar. Queremos entender o porquê a prefeitura de Guarapari não tem se mobilizado para realizar a Conferência. E o mais deprimente é ver os parlamentares, que a juventude elegeu não se mobilizando para juntamente cobrar uma posição da prefeitura”, concluiu.
Procurada, a Prefeitura de Guarapari não se manifestou.
Fonte: Folha Online ES/Texto: Pedro Henrique Oliveira
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