A representação brasileira em Ramala, na Cisjordânia, conseguiu restabelecer o contato com os brasileiros que aguardam a repatriação em Gaza.
No início da tarde da sexta-feira (27), as autoridades brasileiras perderam o canal de comunicação com o grupo em razão da queda nos serviços de comunicação por celular e internet causada por bombardeios de Israel.
Segundo informou o Palácio do Planalto, no sábado (28), o embaixador Alessandro Candeas “conseguiu constatar que os brasileiros que aguardam em Khan Yunis e Rafah, localidades próximas à fronteira com o Egito, têm acesso garantido a água e alimentos pelos próximos dias”.
“Restabelecemos o contato com nossos nacionais nas duas cidades e continuaremos monitorando a situação”, afirmou Candeas.
O governo brasileiro informa, ainda, que o avião presidencial segue posicionado no Cairo, no Egito, para que o grupo possa ser repatriada “assim que houver acordo entre as autoridades envolvidas no conflito”.
Em Rafah, o grupo é formado 18 pessoas, das quais nove são crianças. O embaixador informou que conseguiu falar rapidamente com o único canal que conseguiu manter e que todos continuam seguros. “Vão tentar comprar água e alimentos hoje”.
Em Khan Younes, estão nove crianças, cinco mulheres e dois homens. O contato foi feito in loco pelo motorista contratado pelo escritório, que verificou que apesar do clima permanente de tensão e medo todos estão bem, com alimento, água e gás para os próximos dias.
A embaixada informou ainda que eles solicitaram a compra de mais mantimentos, e que vai disponibilizar os recursos. A Assembleia Geral da ONU aprovou, na sexta (26), uma resolução da Jordânia que pede uma “trégua humanitária” em Gaza.
O Brasil votou a favor da resolução. Foram 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções. O projeto solicita um cessar-fogo imediato entre os países em conflito.
O texto não cita o Hamas e pede respeito ao direito internacional, reforçando a proteção de civis e o suprimento de serviços básicos, como água e combustível, à Gaza.
Fonte: AFP
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