As baterias dos walkie-talkies usados pelo grupo armado libanês Hezbollah, que explodiram esta semana, estavam contaminadas com um composto altamente explosivo conhecido como PETN, disse uma fonte libanesa familiarizada com os componentes do dispositivo.
A maneira como o material explosivo foi integrado à bateria tornou extremamente difícil detectá-lo, disse a fonte.
Centenas de walkie-talkies usados pelo grupo explodiram na quarta-feira (18), um dia depois de milhares de pagers do Hezbollah terem sido detonados em redutos do grupo no Líbano.
Fotos dos walkie-talkies que explodiram mostravam etiquetas com os dizeres “ICOM” e “made in Japan”. A ICOM disse que interrompeu a produção há uma década dos modelos de rádio identificados no ataque e que a maioria dos que ainda estavam à venda eram falsificados.
Yoshiki Enomoto, gerente geral da divisão de segurança e comércio da ICOM, disse que era possível que um dispositivo ICOM mais antigo tivesse sido modificado para fazer uma bomba.
Seria difícil inserir um dispositivo explosivo no compartimento principal do walkie-talkie porque seus componentes eletrônicos estão compactados, então era mais provável que estivesse na bateria removível, disse Enomoto à emissora japonesa Fuji TV.
A fonte libanesa disse que explosões ocorreram mesmo em casos em que a bateria foi separada do resto do dispositivo.
Uma fonte de segurança libanesa havia dito anteriormente que os pagers tinham sido implantados com explosivos difíceis de detectar. Outra fonte de segurança disse que até três gramas de explosivos tinham sido escondidos nos novos pagers, aparentemente meses antes das explosões.
Fonte: Agência Reuters/Maya Gebeily
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