O Brasil assinou um acordo para triplicar a produção de energia renovável globalmente até 2030 e deixar de usar carvão, disse o Ministério das Relações Exteriores do país, na sexta-feira (24), aderindo a um possível acordo apoiado pela União Europeia, EUA e Emirados Árabes Unidos.
O maior país da América do Sul é agora um dos cerca de 100 países que assinaram o acordo, conforme uma autoridade europeia familiarizada com o assunto.
Fontes afirmaram, no início de novembro, que o objetivo é que o acordo seja oficialmente adotado pelos líderes presentes nas negociações climáticas da COP28 das Nações Unidas, que começam na próxima semana em Dubai.
A embaixada do Brasil em Abu Dhabi disse, em carta do Itamaraty aos Emirados Árabes Unidos, que aderiria ao acordo intitulado “Compromisso Global de Metas de Energia Renovável e Eficiência Energética”.
Um porta-voz do Itamaraty confirmou que o país decidiu aderir ao pacto.
O Brasil já é um grande player em energia renovável. Mais de 80% da eletricidade do país provém de fontes renováveis, lideradas pela energia hidroelétrica, com a energia solar e eólica em rápida expansão.
Embora o Brasil apoie a triplicação das energias renováveis a nível mundial, matematicamente isso não é possível a nível interno, disse um porta-voz do Itamaraty.
“O Brasil não conseguirá triplicar a sua própria energia renovável porque já é muito elevada, mas o Brasil está mais uma vez reforçando o seu apoio às energias renováveis”, disse ele.
O projeto de compromisso sobre energias renováveis compromete-se com a “redução gradual da energia a carvão inabalável”, incluindo o fim do financiamento para novas centrais elétricas alimentadas a carvão.
O carvão representa pouco mais de 1% da eletricidade do Brasil, segundo estatísticas oficiais.
Inclui também o compromisso de duplicar a taxa anual global de melhoria da eficiência energética para 4% ao ano até 2030.
Fonte: Agência Reuters
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