O calor extremo que asfixia grande parte do México matou dezenas de pessoas em vários estados nas últimas semanas, disse o Ministério da Saúde do país em um relatório publicado nesta quinta-feira (23), com previsão de temperaturas mais altas para os próximos dias.
O México tem sofrido com um fenômeno climático de alta pressão conhecido como “cúpula de calor”, que prendeu ar quente em grande parte do país, criando temperaturas recordes que ultrapassaram 45 °C em alguns lugares.
Causas relacionadas ao calor mataram 22 pessoas entre 12 e 21 de maio, de acordo com números preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde do México.
O período de 10 dias coincidiu com a segunda e terceira ondas de calor das cinco previstas para março a julho pelas principais agências meteorológicas do país. A terceira onda de calor está em curso.
As novas mortes elevam para 48 o número de mortes causadas pelas temperaturas extremas desde o início da estação quente, em 17 de março, principalmente devido à insolação e algumas à desidratação. No mesmo momento das estações quentes de 2022 e 2023 no México, o Ministério da Saúde relatou apenas duas e três mortes relacionadas com o calor, respetivamente.
Dados do Ministério da Saúde também mostram que centenas de pessoas sobreviveram a insolação, queimaduras solares, desidratação e outras condições relacionadas com o calor.
O calor sufocante exacerbou uma seca nacional e sobrecarregou a rede elétrica do México, com macacos caindo mortos das árvores devido á suspeita de desidratação.
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Foto: REUTERS/Luis Manuel Lopez
O alívio iminente ainda não está previsto, segundo pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México.
O México poderá experimentar as temperaturas mais altas já registradas nos próximos 10 a 15 dias, disseram os pesquisadores na quarta-feira (22).
Fonte: Agência Reuters/Brendan O’Boyle
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