Os dois homens que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na quarta-feira (14), fizeram uma família refém na noite desta sexta-feira (16), roubaram celulares e comida. As informações foram confirmadas pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). De acordo com a pasta, o local fica a três quilômetros, aproximadamente, do presídio.
Não houve violência contra os reféns. Segundo a Senappen, os dois fugitivos estavam juntos e buscaram obter dados sobre o local onde se encontravam e mostraram estar desorientados – o que faz com que as equipes de buscas acreditem que a recaptura esteja próxima.
Falta de DNA
A falta de dados dos dois foragidos do presídio federal de Mossoró (RN) no banco nacional de DNA dificultou o relatório da perícia da Polícia Federal, segundo fontes.
Isso porque, segundo os investigadores, os criminosos não tiveram o material genético cadastrado no sistema. O procedimento é obrigatório, por lei, para condenados por crimes violentos e hediondos.
Peritos criminais federais que estão trabalhando nas buscas para recapturar os fugitivos afirmaram que foram coletados vestígios biológicos na cela e nas ferramentas das obras. No entanto, a coleta do DNA deveria ter sido realizada diretamente nos criminosos enquanto eles estavam presos para cruzar os dados.
A PF também conseguiu coletar material biológico em uma propriedade rural que fica perto do presídio e roupas no meio da mata.
Fuga
Os dois fugitivos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, foram os primeiros detentos a escapar de um desses presídios federais, considerados de segurança máxima. O sistema federal foi criado em 2006.
Uma operação para recapturá-los mobiliza cerca de 300 agentes federais. A forma como ambos escaparam está sendo investigada. Um buraco foi encontrado na parede da cela, e suspeita-se que eles tenham usado ferramentas destinadas a uma obra interna.
o Ministério da Justiça não explicou o caso específico, mas informou que a inserção do perfil genético no Banco Nacional de Perfis Genéticos pode ser realizado pela Polícia Federal (em caso de presídios federais) ou pelas secretarias estaduais/distrital de segurança pública (em presídios estaduais/distrital).
O ministério também disse que os dados contidos no Banco Nacional de Perfis Genéticos são sigilosos.
Fontes: CNN Brasil/Agência Brasil
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