São oito membros na OTCA: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. À exceção do equatoriano Guillermo Lasso e do surinamense Chan Santokhi, todos os demais presidentes confirmaram presença.
Foram convidados ainda três países europeus: a França, por causa das florestas na Guiana Francesa, além de Alemanha e Noruega, na condição de principais doadoras do Fundo Amazônia.
Foram convidados também três países que detêm florestas tropicais: República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia. Os dois presidentes africanos virão ao Brasil.
Por fim, houve convite para São Vicente e Granadinas, que exerce a presidência rotativa da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que enviará seu primeiro-ministro, Ralph Gonsalves.
Agenda
Para o dia 7 de agosto, estão marcadas reuniões de ministros do Meio Ambiente e de Relações Exteriores. No dia 8, ocorre a cúpula de líderes propriamente ditos da OTCA.
No dia 9, haverá um encontro expandido com países convidados e organismos internacionais (como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco de Desenvolvimento da América Latina, e o Banco dos Brics).
O presidente da COP28, Sultan Ahmed al-Jaber, que será realizada em dezembro nos Emirados Árabes, também participa.
“O financiamento externo [para a Amazônia] é bem-vindo. De preferência, com recursos não reembolsáveis”, afirma a embaixadora Gisela Padovan.
Segundo Padovan, uma minuta da Declaração de Belém — como será chamado o comunicado final da cúpula — já foi submetida a diversos ministérios para que possam apontar sensibilidades e sugerir aperfeiçoamentos.
Documento
Apesar do documento reconhecer a urgência da crise climática e conclamar a comunidade internacional a ajudar na preservação da Amazônia, o Itamaraty garante que haverá menções à soberania dos países amazônicos na gestão dos esforços para cuidar do bioma.
Não há definições, porém, sobre eventual menção à exploração de petróleo na bacia amazônica. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou, recentemente, licença para pesquisas da Petrobras na Foz do Amazonas.
Um funcionário do governo brasileiro ligado à organização da cúpula lembra que esse ponto é especialmente delicado para países como a Guiana, que descobriu grandes reservas de petróleo e está se transformando em grande produtora.
Entre os anúncios previstos estão a criação de um centro de cooperação policial em Manaus e de um sistema integrado de tráfego aéreo.
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