“Qualquer pessoa que chegar ilegalmente ao Reino Unido será impedida de permanecer”, afirmou o primeiro-ministro Rishi Sunak em entrevista publicada neste domingo, antes da nova legislação que deve ser estabelecida na próxima semana.
Sob pressão de seus próprios legisladores para encontrar uma solução para o fluxo de migrantes que chegam à Grã-Bretanha pelo canal da Europa, Sunak fez da parada de pequenos barcos uma de suas cinco principais prioridades. “Não se engane, se você vier aqui ilegalmente, não poderá ficar”, disse Sunak ao jornal Mail on Sunday.
De acordo com a prática atual, os requerentes de asilo que chegam à Grã-Bretanha muitas vezes podem permanecer no país para que seu caso seja ouvido.
Uma nova lei para resolver o problema deve ser elaborada na terça-feira (7), informou o jornal, quando mais de 45 mil pessoas fizeram a perigosa travessia no ano passado.
Os pedidos de asilo no Reino Unido estão abaixo da média da União Europeia, mostram dados oficiais.
No ano passado, o ex-primeiro-ministro Boris Johnson fechou um acordo para enviar dezenas de milhares de migrantes, muitos tendo feito a viagem do Afeganistão, Síria ou outros países em guerra, a mais de 4 mil milhas (6.4 mil km) de distância, para Ruanda.
A política enfrentou uma batalha legal depois que o primeiro voo de deportação planejado foi bloqueado por uma liminar de última hora concedida pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Foi considerado legal pela Suprema Corte de Londres em dezembro, mas os oponentes estão tentando apelar desse veredicto.
Questionado se aqueles que chegam à Grã-Bretanha ilegalmente seriam proibidos de pedir asilo, o ministro do governo, Chris Heaton-Harris, disse: “Acredito que sim. Se as pessoas vierem para este país ilegalmente, elas serão devolvidas ou enviadas para algum lugar como Ruanda”.
Sob a nova lei, os pedidos de asilo daqueles que chegam em pequenos barcos seriam considerados inadmissíveis e eles seriam removidos e permanentemente proibidos de retornar. “Nossas leis serão simples em sua intenção e prática – a única rota para o Reino Unido será uma rota segura e legal”, disse a ministra do Interior, Suella Braverman.
Heaton-Harris disse acreditar que rotas mais seguras e legais seriam disponibilizadas como parte do plano.
Fonte: Reuters
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