O governo argentino disse, na quinta-feira (16), que os dados anuais de inflação registrados em fevereiro, os mais altos desde 1991, são “muito ruins”, mas insistiu que a taxa de inflação de 60% prevista no orçamento deste ano será cumprida.
O presidente Alberto Fernandez tem lutado para controlar uma das taxas de inflação mais altas do mundo, que pressiona cada vez mais os consumidores argentinos. Os dados mais recentes mostram que o governo está ficando para trás de suas metas para o ano, à medida que as eleições de outubro se aproximam, quando o governo peronista tentará se manter no poder.
A Argentina registrou, em fevereiro, uma taxa de inflação de 6,6% em relação a janeiro e de 102,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, o maior dado desde a taxa anual de 115% em setembro de 1991. O país fechou com alta de preços de 95% em 2022.
A porta-voz presidencial Gabriela Cerruti disse, durante entrevista coletiva, que o aumento dos preços foi impulsionado pela pior seca em décadas neste país produtor de soja, o que levou a aumentos de 20 pontos no preço da carne, e telecomunicações, cujas taxas o governo ainda não pode regular.
A estabilização dos preços é uma tarefa fundamental para o governo com a aproximação das eleições presidenciais. Fernandez, cuja popularidade despencou, à medida que o país luta contra a inflação crescente, deve buscar a reeleição.
Fonte: Reuters
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