A Nasa busca desenvolver recursos na Lua que, inicialmente, incluem oxigênio e água, e eventualmente podem se expandir para ferro e terras raras, e já tomou medidas para escavar o solo lunar em 2032, disse um cientista, na quarta-feira (21).
A agência espacial dos EUA planeja devolver os americanos à lua como parte de sua missão Artemis, incluindo a primeira mulher e pessoa de cor, até 2025, e aprender com a missão para facilitar uma viagem a Marte.
Uma parte fundamental da missão é promover oportunidades comerciais no espaço. A agência está procurando quantificar recursos potenciais, incluindo energia, água e solo lunar, como meta para atrair investimentos comerciais, disse Gerald Sanders, cientista de foguetes do Centro Espacial Johnston da NASA por 35 anos.
Buscando investimentos
Desenvolver o acesso aos recursos na lua será fundamental para cortar custos e desenvolver uma economia circular, disse Sanders.
“Estamos tentando investir na fase de exploração, entender os recursos… para (diminuir) o risco de modo que o investimento externo faça sentido e possa levar ao desenvolvimento e à produção”, disse ele em uma conferência de mineração em Brisbane.
“Estamos literalmente apenas arranhando a superfície”, disse ele. A NASA enviará no final do mês uma plataforma de perfuração de teste para a lua e planeja uma escavação em larga escala do solo lunar, ou regolito, e uma planta piloto de processamento em 2032.
Espera-se que os primeiros clientes sejam empresas de foguetes comerciais que possam usar os recursos da lua como combustível ou oxigênio.
A Agência Espacial Australiana está envolvida no desenvolvimento de um rover semiautônomo que coletará amostras de regolito em uma missão da NASA já em 2026, disse Samuel Webster, diretor assistente da agência.
O rover demonstrará a coleção de solo lunar que contém oxigênio na forma de óxidos.
Usando equipamentos separados enviados à lua com o rover, a NASA terá como objetivo extrair esse oxigênio, disse ele.
“Este é um passo fundamental para estabelecer uma presença humana sustentável na Lua, bem como apoiar futuras missões a Marte”, disse ele na conferência.
Fonte: Reuters
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