A empresa Twitter Inc. reverteu uma política que visava combater a desinformação relacionada ao Covid-19 na plataforma de mídia social, levando-se ao risco de um potencial aumento de falsas alegações, mesmo com o aumento de casos na China e algumas partes do mundo.
A mudança também ocorre em meio a preocupações com a capacidade do Twitter de combater a desinformação depois que demitiu cerca de metade de sua equipe, incluindo os envolvidos na moderação de conteúdo, sob o comando do novo chefe Elon Musk.
“A partir de 23 de novembro de 2022, o Twitter não está mais aplicando a política de informações enganosas do COVID-19”, de acordo com uma atualização em sua página de blog. A informação foi relatada pela primeira vez pela CNN, na terça-feira (29).
As medidas específicas que o Twitter abandonará não ficaram claras, e a empresa não respondeu imediatamente a um pedido para compartilhar mais informações.
No início do COVID, em 2020, o Twitter instaurou uma série de medidas, incluindo rótulos e mensagens de aviso em tweets, com informações contestadas sobre a crise da saúde e uma estrutura para que os usuários removessem tweets que apresentavam alegações falsas prejudiciais relacionadas a vacinas.
O Facebook, de propriedade da Meta Platforms Inc. (META.O), e os serviços YouTube, da Alphabet Inc., empregaram medidas semelhantes, que ainda estão em vigor.
No início deste ano, o Twitter declarou que, desde março de 2021, havia parado de aplicar uma “política de integridade cívica” relacionada a mentiras sobre as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos.
O bilionário Musk assumiu o Twitter, em 27 de outubro, pagando US$ 44 bilhões pela empresa, e agiu rapidamente para iniciar uma série de mudanças nos produtos e na equipe. Musk disse, em 29 de outubro, que criaria um conselho de moderação de conteúdo com “pontos de vista amplamente diversos”.
Fonte: Reuters
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