A combinação de ursinhos de pelúcia com inteligência artificial (IA) poderá se tornar uma realidade muito em breve, mais precisamente até 2028.
Com sensor de captura de falas, os brinquedos irão contar histórias para crianças, adaptando-se às suas preferências e necessidades, segundo Allan Wong, co-fundador da fabricante de brinquedos VTech.
A iniciativa, segundo Wong, usará métodos de conversa como Chatbot – programa de computador que simula e processa conversas humanas – escritas ou faladas – para “gerar histórias personalizadas para a criança”. Com isso, quanto mais tempo a criança conversar com o ursinho, mais informações o brinquedo terá sobre ela e mais adequado ao perfil ele será.
“Você pode incorporar não apenas o nome da criança, mas também as atividades diárias dela. O ursinho sabe a escola que a criança frequenta e quem são seus amigos. Ele pode contar uma história e conversar com ele, como um amigo mesmo. As crianças podem realmente falar com o brinquedo e o brinquedo pode realmente dar a elas uma resposta – existem muitas, muitas possibilidades”, explicou.
Apesar do potencial da ferramenta, Wong reconheceu que o fato da tecnologia ter acesso às informações de menores de idade é “um pouco assustador” e enfatizou que “devemos estar cientes dos perigos à privacidade, à segurança e atentos a que tipos de coisas ensinar e o que não ensinar”.
Caminho pode ser longo
De acordo com o portal “Business Insider”, ainda há um caminho extenso pela frente antes que a IA seja aprovada para uso em brinquedos infantis, principalmente porque os especialistas estão alertando sobre as aplicações atuais da tecnologia.
Para ilustrar, Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX e dono do Twitter, disse que as pessoas devem ser cautelosas com a IA porque ela tem o “potencial de destruição da civilização”. Junto à Musk, outros pesquisadores assinaram uma carta onde pedem que as pesquisas com a tecnologia tenham uma “pausa” de segurança, para que cenários apocalípticos, como vistos em diversos filmes e séries, não se tornem realidade.
Fonte: CNN
Comente este post